A descaracterização da Capoeira

Para algumas pessoas a capoeira é vista unicamente como esporte, classificando-a como “a arte marcial brasileira”. Envolvendo seus praticantes em competições e torneios, uma tendência já difundida desde a década de 60, quando a capoeira aos poucos se espalhava pelo Brasil. Paulatinamente a esse crescimento ganha-se a popularidade, a idéia que, devidamente regulamentada, a capoeira poderia ganhar um lugar junto às artes marciais orientais (karatê, Kung Fu, Judô, Jiu-Jitsu…), já aceitas pela sociedade brasileira. A definição de “Arte Marcial Brasileira” para a capoeira é vantajosa, já que apela tanto para o nacionalismo, mas também, para a legitimidade que as outras artes marciais conseguiram. Ao tomá-las como exemplo, consciente ou não, a ser imitado, a capoeira incorpora elementos que a caracterizam: o uniforme branco, a prática de pés descalços, o uso de cordões para caracterizar diferentes etapas do aprendizado, a atitude séria durante o treino, a saudação ritual/militar no início da aula e no final da aula. Também foram acrescentados pontapés e golpes de mão, que tradicionalmente não existiam, tornando-se “mais técnicos”, portanto mais parecidos com o karatê. Introduziram-se técnicas de defesa pessoal e, às vezes, até são utilizadas guardas com nítida influência oriental durante os jogos e aulas. Por Marina Ribeiro

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