Começa o “Punka: Independência ou Morte!”

Ouviram do rio Sergipe às margens bem plácidas, de um povo super heróico, com um brado que retumba blues, hipo hop, reggae, heavy metal, trash, samba, cacumbi. O Sol da liberdade de expressão e composição musical, em raios fúlgidos dos flashes e holofotes, brilham no Emes, nesse instante.  É o Punka 2004 chegando em seu destemido cavalo.

Independência ou Morte! Este foi o grito dado veementemente por D.Pedro, no dia 7 de setembro de 1822, é o que se aprende na escola. E esse lema foi escolhido para caracterizar um dos maiores festivais de música independente do país, já em sua oitava edição. Ajuda no coro uma equipe de mais de 30 pessoas, que doam o suor e as noites de sono para que tudo saia como o planejado.

O batalhão musical de D.Pedro.I é formado por 20 bandas, que se revezam em dois palcos, nos dois dias do Punka. Na sexta, só vai-se ouvir a Please No! gritando “Quem gosta de homem é viado, porque mulher só gosta de dinheiro e carro”, e Lampirônicos, do outro lado, ???? No sábado, é Los Hermanos gritando “deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz”, e a ???

São seis DJs, com suas pickups, dando um grito de independência recheado de batidas eletrônicas. São duas bandas de garagem mostrando como é a “vida real” das bandas independentes em Sergipe. É uma Feira Mix vendendo de tudo, se vacilar, até especiarias de Portugal! É o Rock’n’Food matando a fome de independência da galera.

É com muita garra e vontade de deixar sua condição de província, que Aracaju abriga o Punka. É para fugir da dominação dos centros que tentam exportar uma cultura enlatada, e das grandes gravadoras que transformam a música em mercadoria, que este festival encontra razões suficientes para existir. Hoje e amanhã, 22 e 23 de outubro, o solo do Espaço Emes vai tremer. E, como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, está tudo pronto. Digam ao povo que o Punka fica!

Por Najara Lima

Mais informações: www.punka.com.br