Cultura em Sergipe renova esperanças

De acordo com o ator Isaac Galvão, há algum tempo, o secretário de Cultura do Estado, José Carlos Teixeira, tornou pública a seguinte afirmação: “os artistas sergipanos não passam do Rio do Sal”. A contra resposta veio na noite desta quinta-feira, durante a assinatura do convênio que criará a Rede Sergipe de Cultura: “nós não passamos do Rio do Sal, nós vamos além, atravessamos, voamos, alcançamos o estrangeiro”.

 

Isaac, autor do comentário acima e diretor-presidente das Entidades Culturais Organizadas de Sergipe – Ecos -, lembrou o fato com um certo ar de tristeza. Para o ator, se o próprio governo

Isaac Galvão
não acredita na produção artística sergipana, quem poderá acreditar?

 

A resposta veio logo. Unidas, a InfoNet, a Ecos, o BNB, o Sebrae, o Ministério da Cultura e outras empresas, tanto públicas quanto privadas, utilizaram a noite do dia 4 para discutir, analisar e oferecer propostas de políticas de desenvolvimento cultural para o Estado. Junto a representantes do Ministério da Cultura, do BNB e do diretor executivo da InfoNet, Nivaldo de Almeida, Isaac utilizou a noite para apresentar algumas novidades.

 

Nivaldo de Almeida – InfoNet
Novidades – A primeira delas é a divulgação de editais, em 2005, do Ministério da Cultura, que podem favorecer os projetos desenvolvidos por artistas da terra. Junto a isso, o diretor disse que já há uma previsão de melhoria na estrutura de investimentos oferecida aos artistas. “Já estamos conversando com produtores para que isso aconteça”, disse.

 

A segunda é a criação do Fundo de Pensão para os Trabalhadores da Cultura, administrado pela Petros, entidade encarregada de gerir o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras. “Queremos que o artista tenha os seus direitos e deveres assegurados, que

A cantora Amoroza
eles criem uma cultura de poupar”, anunciou Galvão. De acordo com o ator, para estimular o hábito, serão lançadas campanhas publicitárias sobre o assunto.

 

A cantora Amoroza, uma das presentes à reunião, se mostrou empolgada com o projeto: “esta é uma iniciativa da mais alta importância. Nosso umbigo muitas vezes é maior que nossa consciência política e a iniciativa vai trazer mais segurança para aqueles que sobrevivem de arte”, disse ela.

 

A terceira novidade é a criação da Rede Sergipe de Cultura, parceria entre a Ecos, InfoNet, Sesc e UFS. A rede servirá como um grande portal cultural do

Ticiana: representante do Minc
Estado. Os artistas da terra estarão cadastrados, bem como os serviços que eles oferecem. Desta maneira, Isaac Galvão espera que além de uma grande agência de empregos, o banco de dados se torne um centro de informações sobre arte e cultura no Estado.

 

Assim pensa Nivaldo, proprietário da InfoNet. Para ele, o fato da empresa apoiar a iniciativa traduz-se em uma palavra: “obrigação”. “É obrigação de toda empresa o apoio à cultura. Tudo isso faz parte dos objetivos de uma organização”, explicou o empresário.

 

Governo e prefeitura – Uma das grandes reclamações do presidente da Ecos foi a falta de apoio tanto do Estado quanto do município para com os artistas sergipanos. Segundo ele, a Prefeitura de Aracaju ainda não aprovou uma Lei de Incentivo à Cultura e o Estado ainda não se manifestou quanto à criação de uma política séria de investimento.

 

“A Funcaju se reservou apenas para a realização de eventos como o Forró-Caju. A cultura do aracajuano não pode ser só o Forró-Caju”, criticou. Em relação ao Governo do Estado, Isaac não foi complacente: “durante todo o ano, o Governo disse que iria discutir a cultura. Isso não aconteceu”.

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