Som tipo exportação

Foto: Vinícius Fontes
De Sergipe, literalmente, para o mundo. Depois do novo disco solo, intitulado Aplausos mudos, vaias amplificadas, o cantor e compositor Alex Sant’Anna comemora um novo passo em sua carreira. Em recente contato com produtores musicais da capital pernambucana, ele conseguiu espaço na seleta lista da Music From Northeast Brasil, uma coletânea que já ganha o mundo desde o começo do ano.

 

Em entrevista exclusiva ao Sergipe Cultural, o artista solta a voz e fala da sua participação no projeto, além dos planos futuros com o pessoal da NaurÊa, banda para a qual também empresta seus vocais. Confira.

 

Sergipe Cultural – A participação no Music From Northeast, certamente, foi mais um reconhecimento para o seu trabalho. Como é esta coletânea?

 

Alex Sant’Anna – Ela foi lançada em janeiro, antes do Carnaval, num evento chamado Porto Musical. Ele é de caráter internacional e ocorreu pela primeira vez em Recife, realizado por um grupo de lá, o Astronave, voltado para iniciativas culturais. Do disco, participaram artistas de quase todos os Estados do Nordeste. De Sergipe, fui o escolhido.

 

SC – E como foi a seleção?

 

AS – Enviei umas músicas para tentar tocar no Abril Pro Rock. Como o Paulo André, que é o idealizador do projeto, também é produtor do DJ Dolores – e eu também tinha entregue uma cópia do meu CD para o Dolores –, o cara acabou recebendo outra indicação do meu disco. Gostou do som e acabou escolhendo a faixa Poesia de Barro, que entrou na coletânea.

 

SC – O CD está percorrendo várias partes do mundo. Por onde ele já passou?

 

AS – O disco já foi enviado para algumas regiões da América do Sul e também esteve em seis países da Europa. Vai ter agora em setembro o Womex [um dos mais conceituados festivais de World Music do mundo, realizado todos os anos no continente europeu] e, em novembro, um festival internacional de Blues nos Estados Unidos, para onde ele também será mandado. O CD está sendo entregue nas mãos de produtores locais, rádios… Sempre gente ligada à área cultural. Não está sendo vendido.

 

SC – Soube que você teve idéias novas a partir deste projeto…

 

AS – É verdade. A partir dele, eu, Patrick e Márcio [da NaurÊa] tivemos a idéia de fazer o Music From Sergipe – Brazil, uma coletânea parecida, mas com bandas aqui do Estado. Entrei em contato com o Paulo e perguntei se ele aceitaria firmar a parceria, pois gostaríamos que ele participasse na parte da divulgação. Ele topou e disse ainda que, se o material ficar pronto até setembro, ele leva para o Womex.

 

SC – Já tem algum esboço de como vai ser montado o disco?

 

AS – A idéia é começar com algumas coisas mais folclóricas. Depois, entra o forró e, mais no final, uma coisa mais moderna. Aos poucos, o CD vai mudando de cara.

 

SC – E quanto aos participantes? Já chegaram a convidar alguém ou ainda estão em fase de pesquisa?

 

AS – Ainda não falei com nenhuma banda. Na verdade, isto vai estar aberto a todos. Quem tem material deveria mandar. É uma oportunidade única, porque é para divulgação internacional. Já estamos aguardando um projeto para começarmos a ir atrás dos patrocinadores.

 

SC – Alguma ressalva em especial?

 

AS – É importante frisar que não vamos bancar o material de ninguém. Infelizmente, não podemos arcar com os custos das gravações de todo mundo. Cada um tem que ter seu próprio material gravado com boa qualidade, para que seja submetido à avaliação.

 

SC – Alex Sant’Anna agora também encabeça um selo musical. Como estão os trabalhos junto a ele?

 

AS – Quando nos juntamos, eu, Patrick e Márcio montamos o selo Disco de Barro. Este será o primeiro trabalho do selo. O próximo será o novo disco da NaurÊa.

 

SC – Falando da NaurÊa, a banda está se preparando para lançar um novo álbum na praça. A quantas andam os preparativos?

 

AS – A gente já tem várias musicas ensaiadas, mas gravadas estamos com apenas duas. No Forró Caju, devemos lançar uma prévia, com quatro ou cinco faixas. A idéia é estar com o álbum pronto até o final do ano.

 

SC – Quais as novidades com relação ao CD anterior?

 

AS – Um dos nomes propostos foi Cada vez mais negro, que dá uma idéia legal daquilo que o disco vai trazer. Entrou um novo percussionista na banda. Os ritmos estão mais rápidos. A gente tenta estender mesmo o forró, com várias possibilidades.

 

SC – Caso alguém queira entrar em contato com você, para saber como enviar material para a Music From Sergipe ou trocar alguma idéia sobre o disco, como deve fazer?

 

AS – Quem quiser entrar falar comigo pode enviar um e-mail para o endereço contato@alexsantanna.com.br. Recebo sem problemas.

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais