Paulo Lobo fala mais sobre Cartas de Apolônio

O cantor e compositor Paulo Lobo lança hoje, 8, às 19h, o livro ‘Cartas de Apolônio’ na Sociedade Semear. A publicação, uma reunião de cerca de 60 crônicas publicadas desde 2003 na imprensa sergipana e pelo Portal Infonet, é ‘assinada’ por Apolônio Lisboa, personagem criada por Paulo Lobo para falar “das nossas próprias mazelas”, assim relata o agora escritor. Paulo conversou com a equipe do Portal Infonet sobre Apolônio e seu livro, numa entrevista que você confere agora.

 

Portal Infonet – Como surgiu esse personagem, o Apolônio?

Paulo Lobo – Eu sempre tive vontade de fazer alguma coisa parecida na área de jornalismo de humor, de crônicas literárias de humor.  E cheguei a tentar fazer algumas, fazia crônicas para a Folha da Praia, fiz para o jornal O Quê, de Luiz Eduardo Costa. Achei que deveria fazer um personagem, que é uma coisa mais marcante, que fica na cabeça das pessoas, que as pessoas irão lembrar. Um personagem fica melhor fazendo pequenas crônicas sobre assuntos variados. Aí eu pensei, “como é que eu vou fazer um personagem?”. Bolei um senhor, português, aí foi surgindo a idéia, o nome ‘Apolônio’, um nome garboso, antigo, um nome de pessoas do passado, ‘Lisboa’ para dizer que era português. E comecei a desenvolver uma linguagem malemolesca, cheia de adjetivos engraçados, de expressões antigas. Levei para o Cinform, eles gostaram, depois para a Infonet, e tem três anos que as crônicas vem rolando.

 

Infonet – Como essas crônicas, esse personagem tornou-se coluna de fato?

PL – Quando eu pensei no personagem eu já pensei no formato de coluna, onde ele mandava cartas do exterior – quando surgiu a idéia do personagem surgiu o formato também.

 

Infonet – Sobre o quê as cartas do Apolônio falam?

PL – Os assuntos prediletos do Apolônio são: os micos da política, dos nossos políticos, principalmente os sergipanos, já que ele é focado em Sergipe, ele se interessa muito pela vida política local; e os grandes acontecimentos nacionais, o que acontece de interessante no Brasil e em Sergipe ele está sempre atento, está sempre tirando uma onda e olhando o lado cômico do que pode até parecer ser trágico, mas ele aborda de uma maneira engraçada. Além outros assuntos, como sexualidade, ele gosta de tirar onda com as fantasias sexuais, é um tema recorrente.

 

Infonet – Você já teve outras experiências como cronista ou escritor?

PL – Já. Como eu falei, eu comecei fazendo a Folha da Praia, isso já nos anos 80, começo dos anos 90. E nesse tempo fiz alguma crônicas no jornal O Quê, do Luiz Eduardo Costa. Fora isso eu já colaborei não como cronista, mas com artigos sobre cultura, música. Mas sempre gostei de crônicas de humor.

 

Infonet – Por quê criar um personagem, então, ao invés de assumir por você mesmo as crônicas?

PL – Para o humor, um personagem é fundamental. Imagine um programa de humor todo feito por Chico Anysio, fica sem graça. Os personagens tem seus cacoetes, tem sua linguagem própria. No caso do jornal é mais interessante ainda, pois as pessoas não tem uma imagem certa formada do personagem, então aguça a curiosidade. As pessoas ficam imaginando como seria esse velho português, entomologista e proxeneta, a mulher dele, a Zenóbia, sessentona, maluca, que vai para show de rock, estuda psicanálise, a secretária bilíngüe e boazuda, então construí um ambiente propício para gargalhar.

 

Infonet – E como é o retorno? As pessoas falam com você na rua, mandam mensagens?

PL – Eu sou parado, por conhecidos principalmente. A resposta é muito boa, eu recebo e-mails de pessoas sugerindo temas, comentando que achou legal, até recados no Orkut rolam, elogios. Então a resposta é muito boa.

 

Infonet – Qual foi o método de organização das crônicas?

PL – Primeiro procurei retirar aquelas crônicas que são muito datadas e priorizar aquelas com temas mais genéricos e abrangentes, dentro daquela linha que são as fantasias sexuais e elucubrações filsóficas, a maioria são desse tipo.

 

Infonet – Onde o livro vai ser vendido? Qual o preço?

PL – Em livrarias e bancas de revista, a R$ 20 no lançamento.

 

Infonet – O livre teve algum patrocínio?
PL – Sim. Do Banese, que bancou o livro, e do Cinform e Sociedade Semear no coquetel de lançamento.

 

Infonet – Você recentemente conseguiu o terceiro lugar no Prêmio Banese de Música. Quais são seus projetos para o futuro?

PL – Eu estou fazendo um disco novo, previsto agora para janeiro ou fevereiro, estou no meio das gravações, com quatro músicas mais ou menos prontas. Tenho um livro que eu estou pensando em fazer sobre figuras e situações folclóricas e prosaicas de Aracaju, chamado ‘Viva Ará’, que tenho algumas coisas prontas. Não planejei muito 2007 ainda não.

 

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