Abacá São Jorge inicia homenagens a Oxum

Deusa Oxum é a grande homenageada
Para a religião africana do Candomblé o dia 8 de dezembro é data de muita festa. Na ocasião, será comemorado o dia de Oxum, conhecida como a deusa da beleza e da vaidade. Para os católicos, é dia de Nossa Senhora da Conceição. Para celebrar, o grupo Afoxé, do Abacá São Jorge, realizará uma série de cerimônias religiosas, todas com o objetivo de promover a integração religiosa e social.

A programação terá início da noite desta quinta, 4, a partir das 22h com a festa de Yansã, uma das mais importantes do ciclo que culminará na grande cerimônia a ser realizada na noite do dia 8. A festa do fogo, como é mais conhecida a celebração dessa quinta-feira, celebra a deusa dos raios e dos trovões. Na ocasião serão distribuídas 2.990 acarajés, pois, segundo acreditam os seguidores dessa crença, foi a deusa Yansã quem trouxe o acarajé  da Nigéria.

Na sexta-feira, 5, o homenageado será Ebô Oxalá, o grande pai dos orixás. Todos os seguidores estarão vestindo branco quando será servido um pudim de milho branco de origem africana. No sábado, 6, as Iabás, mulheres orixás, começam a provar as vestimentas que serão utilizadas na grande festa da segunda-feira. No domingo, 7, a programação contemplará o Ibejês, ou crianças, que ganharão presentes e comerão caruru.

O dia da deusa Oxum

Williane Lessa exibe abadá do bloco afoxé
Na madrugada do dia o 8 é hora de presentear a deusa Oxum com um grande balaio , que contém presentes como espelhos, pentes, batons e outros artigos femininos. A culminância das homenagens a deusa Oxum será às 18h, quando o bloco Afoxé, composto apenas por mulheres, sairá em cortejo a partir do farol da Orla de Atalaia, seguindo até os arcos ao som da  banda
Olodum.

A previsão é de que o bloco conte com a presença de 2.500 mulheres não só do Candomblé, mas também da Umbanda e Nagô, todas religiões com matriz africana.  O cortejo também deverá contar com a presença de Organizações Não Governamentais (ONG`s), que lutam pelos direitos femininos e de igualdade racial.

O preconceito

Fernando Aguiar: presidente do Grupo Afoxé
O presidente do grupo Afoxé, Fernando Aguiar, que também é historiador, falou da aceitação que as religiões africanas têm hoje na sociedade. “Queremos o nosso espaço. É preciso entender que esse país deve muito aos africanos e a sua cultura. Ainda existe muito preconceito, mas sinto que ele já está menor. Nosso maior objetivo é divulgar a nossa crença, os nossos costumes, sempre respeitando a justiça e as diferenças sociais”, informou.

Por Letícia Telles

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