Fernanda Brum e a paixão por cantar as palavras de Deus

Um dos nomes mais fortes do cenário gospel brasileiro na atualidade, a pastora e cantora Fernanda Brum, de 32 anos, está em Aracaju para participar da vigília em comemoração aos 154 anos de Aracaju neste sábado, 14.

Antes de subir ao palco e encantar o público com suas palavras e canções de fé, essa simpática carioca que já foi modelo na adolescência e hoje já conquistou até indicação ao Grammy Latino com a música “Cura-me” deu uma pequena pausa nos seus compromissos para uma rápida conversa com a equipe de jornalismo do Portal Infonet. Leia como foi o papo:

Portal Infonet – Não é a sua primeira vez aqui em Sergipe, não é mesmo? Tem boas recordações de suas passagens por aqui?

Fernanda Brum – Olha, confesso que não lembro quantas vezes estive aqui (risos). É muita coisa para lembrar. Mas boas recordações tenho sim, as melhores possíveis. O povo daqui de Aracaju é muito abençoado, lembro que a última vez que estive aqui o Isaac, meu filho, estava com quatro meses, era um bebezinho e continua sendo a maior benção na minha vida. Isso foi em 2004.

Infonet – O talento musical também deve ser uma benção na sua vida, não é? Como foi o primeiro contato com ela?

FB – Nossa, desde pequenininha. Eu tinha uns cinco anos, meu pai era coordenador de um coral na igreja que freqüentávamos lá no Rio, próximo à estrada da Portela, e fui me interessando, gostava muito de cantar. Profissionalmente, meu encontro com a música foi aos 16.

Infonet – E depois disso começou a sua jornada cantando Brasil adentro. Já visitou muitos estados?

FB – Sim, sim. Já cantei em quase todos os estados, nas cinco regiões. Nosso Brasil é um país único, cada lugar tem sua particularidade, o povo é singular. Amo muito meu país. O meu marido [o produtor musical Emerson Pinheiro] gosta muito de visitar outros países, e quando vou lá fora e ouço uma melodia brasileira… Nossa! Me emociono muito mesmo.

Infonet – Como você falou, seu pai era coordenador de coral e o esposo é produtor musical. É uma família de músicos…

FB – Isso mesmo! O Isaac também já é um músico, não tem jeito! (risos) Gosta de tocar a bateria dele, a guitarrinha. Vê só, cinco aninhos e já toca dois instrumentos.

Solícita, a cantora fotografou junto com fãs no hotel em que ficou hospedada

Infonet – O público evangélico tem uma peculiaridade nos shows: eles acompanham as letras das músicas, fazem coro. Qual é o sentimento de estar em cima do palco presenciando esses momentos?

FB – Muito bom comentário! Ah, é muito lindo ver cenas como essas, mas eu sei que ali embaixo ninguém está celebrando o artista, o público é como um monte de ovelhinhas que estão ali para louvar a palavra de Deus e me levá-la até eles é um sacerdócio para mim.

Infonet – Os artistas do meio gospel vêm rompendo as barreiras e divulgando seus trabalhos em programas seculares. É uma oportunidade a mais?

FB – Sim, com certeza! Não que eu tenha alguma pretensão de ser uma ‘popstora’ [pastora popstar], mas as portas que vêm sendo abertas para mim e outras pessoas são janelas a mais para disseminar a palavra do Senhor.

Infonet – Você é uma grande incentivadora das missões e grande defensora da Igreja Perseguida. Como começou essa relação?

FB – Quando soube que em um determinado pedaço do planeta, mais precisamente no meio do mapa mundi, pessoas pagam até com a vida por serem crentes. São 200 milhões de perseguidos no mundo com os quais precisamos nos preocupar. Aqui mesmo no Brasil, dentro da floresta Amazônica, é possível encontrar situações semelhantes. Eu apóio e abraço a luta.

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida