Ao meio-dia foi servida uma feijoada na casa do rei dos lambe-sujos, José Ronaldo de Menezes, mais conhecido como Zé Rolinha. À tarde, foi realizada a encenação teatral ao ar livre. Toda a teatralidade é acompanhada por toques de ganzás, pandeiros, cuícas, tambores e reco-reco, em um ritmo já popularmente conhecido como “Samba Nêgo”. A brincadeira conta também a história dos escravos africanos e como suas fugas e artifícios confundiam os capitães-do-mato. O próprio termo “Lambe Sujo” vem da camuflagem que os escravos aplicavam sobre o corpo para facilitar sua fuga. A luta entre estes e os índios, devido à instalação dos quilombos em territórios dos “caboclinhos”, e o conflito são encenados durante as festividades. No Lambe-Sujo existem as figuras do rei, dos feitores, da mãe Suzana, da princesa e dos negros. Os participantes pintam a pele com uma mistura de pó de carvão e óleo e trajam calção e gorro vermelhos e andam de pés descalços e com uma arma, uma foice de madeira. Já nos Caboclinhos, as figuras são o rei e a rainha, o cacique, o pajé e os caboclinhos. Eles usam traje convencional de índio, saiote e cocar de penas. Para o secretário municipal de Cultura, Irineu Fontes, a tradicional festa popular dos lambe-sujos e Caboclinhos, é, sem dúvida, uma das atrações mais esperadas em Laranjeiras todos os anos. “A população curte bastante a festa e os participantes e o poder público se empenham para garantir a melhor apresentação da cultura popular. Hoje, essa festa secular já é reconhecida pelo Ministério da Cultura e, com isso, pretendemos dar mais visibilidade em todo o Brasil. O primeiro passo já foi dado”, declarou Fontes. Fonte: Empauta Comunicação
As ruas de Laranjeiras ficaram tomadas por populares, cineastas e turistas para acompanhar a tradicional festa popular dos lambe-sujos x Caboclinhos, realizada no último domingo. Nas primeiras horas da manhã, os artistas populares saíram em caminhada pelas ruas, na tradicional alvorada. Às 10h, o lambe-sujos e caboclinhos se concentraram em frente à igreja matriz e o pároco da cidade realizou a bênção.
“O lambe-sujo representa as perseguições e batalhas entre negros escravos e índios domesticados pelos senhores de engenhos no período do Brasil colonial. Este é um dos melhores folguedos existentes no nordeste brasileiro, já reconhecido pelo Ministério da Cultura. Esta festa reúne centenas de pessoas, que têm interesse em conhecer as manifestações populares”, afirmou Zé Rolinha.
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B