Trajetória de Maria Bonita é retratada em exposição

Exposição foi lançada nesta terça, 10 (Fotos: Portal Infonet)

Sucesso é palavra que define a inauguração da exposição ‘Bonita Maria do Capitão’, lançada na noite desta terça-feira, 8, no Museu da Gente Sergipana. O evento, que finaliza as comemorações pelo centenário da companheira de Lampião, pretende despertar o interesse sobre a história do Cangaço pela perspectiva da biografia de Maria Bonita.

Neta de Maria Bonita e curadora da mostra, Vera Ferreira, explica que a exposição enaltece a importância do papel de Maria Bonita no cangaço. “Maria sempre foi tratada como coadjuvante e desta vez queremos focar na história dela. As pessoas precisam conhecer esta mulher, a Maria que viveu com Lampião, que foi companheira, foi mãe, a mulher que rompeu barreiras”, comenta.

Vera Ferreira também fala da sensação de realizar um trabalho de tal natureza. “Para mim é um prazer, costumo dizer que é o trabalho de levar a história de Maria Bonita para diversas pessoas é uma missão em minha vida. Está sendo muito prazeroso, pois ela já merecia esta homenagem há muito tempo, sobretudo pelos 100 anos que completaria se estivesse viva”, destaca.

Vera Ferreira é neta de Maria Bonita e curadora da exposição

Exposição

O livro Maria Bonita do Capitão, lançado no ano passado, deu origem à exposição. A intenção era romper com um histórico silencioso sobre a importância da mulher para o movimento do Cangaço, e enfatizar temáticas que discutem gênero, como também expandir o papel social da mulher na estrutura política do movimento.

Painéis em lona de 4×2 metros, objetos que pertenceram a Maria Bonita, Bonecas, réplica da vestimenta e projeção em multimídia fazem parte do acervo da exposição. “Através destes objetos fazemos um passeio por todas as artes. Maria Bonita foi retratada através da moda, artesanato, xilogravura e literatura. Ela foi trabalhada do artista plástico ao artesão, justamente para que as pessoas façam ideia da riqueza que ela gerou para os artistas”, conta Vera Ferreira.

Exposição nasceu do livro que celebra o centenário de Maria Bonita

Por ter integrado a história do nordeste brasileiro, Vera Ferreira acredita que a nova geração deva estudar e conhecer a trajetória de Maria Bonita. “Muitos ainda sabem muito pouco sobre a vida dela, não entendem como entrou e contribui no cangaço. A exposição é uma das formas de demonstrar esta história, sobretudo, neste espaço que é um presente para os sergipanos. É um privilégio trazer este trabalho para um ambiente tão bonito e tão rico”, elogia a curadora.

Por Verlane Estácio e Allana Andrade

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