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Banda Lêmures é representante sergipana na cena nacional (Foto: Lêmures/Divulgação) |
“Para além das convenções”. O verso anterior, da música 'Aos Teus Poréns', sintetiza a personalidade da banda sergipana de rock alternativo Lêmures. Formada em agosto de 2011 pelos integrantes remanescentes das bandas Carcajus e Delorean, a Lêmures foi classificada neste ano como semifinalista do Festival Intercultural da América do Sul entre mais de 500 bandas inscritas. A próxima etapa do evento acontecerá no dia 4 de novembro no Rio de Janeiro, levando a irreverência do grupo sergipano para todo o país.
Segundo Allysson Thierry, guitarrista da banda, as composições da Lêmures sofrem influências diversas e imprimem a personalidade de cada membro. “Música não tem que ter classificação. Por isso, a gente não segue uma linha só. Cada música carrega as experiências pessoais de cada um, e busca elementos de todos os estilos. Queremos sair da proposta 'enlatada'”, diz. O guitarrista salienta que as letras são trabalhadas em torno de conceitos filosóficos, jogos de palavras e críticas sociais.
Entre suas conquistas, a banda destaca a faixa na ‘Coletênea Arretada’ da plataforma ‘Melody Box’, com circulação nacional; a parceria com o músico Lois Lancaster na música ‘Mirante Blues’ e a participação na Festa Trampolim, no Rio de Janeiro, evento de renome no lançamento de singles no Brasil. Segundo o vocalista Josué Felipe Maia, o reconhecimento ao artista regional é mais perceptível entre o público de fora do Estado. “Aqui são poucas pessoas que escutam nossas músicas e sabem quem somos. E quando chegamos lá fora, já ouvimos de um músico renomado que somos uma das melhores bandas que ele já viu”, conta.
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Da esqueerda para a direita: Igor Bacelar, Josué Felipe Maia e Alysson Thierry |
Para Allyson, a falta de apoio interno prejudica o desenvolvimento da música em Sergipe. “Aqui não existe a consciência de publicar o nome das bandas locais fora do estado, ninguém se ajuda e não se tem orgulho sobre a identidade regional como se tem em outros lugares, como Salvador, Recife e São Paulo. Além disso, a estrutura técnica é amadora, feita por quem é de fato apaixonado”, ressalta. Apesar da ausência de incentivo, a banda diz acreditar no potencial da música sergipana, e aclama seus artistas regionais preferidos: Maria Scombona, Plástico Lunar, The Baggios, João Luís e os novos instrumentais da Casa Forte.
Em pouco mais de um ano de história, a Lêmures tem 13 composições oficiais, sobre as quais Alysson salienta: “procuramos sempre estudar, ultrapassar nossas limitações técnicas para trazer coisas novas e ir além do trivial e do clichê”. Dentre as músicas de autoria da banda, o guitarrista Igor Bacelar conta a história da faixa ‘Ratoss’, que considera curiosa. “Quando estávamos gravando tinha toda uma aura fantasmagórica. A gente estava passando por um conflito interno, então foi meio assustador”, explica o guitarrista.
Trajetória
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Irreverência é marca da banda sergipana |
Composta por Josué Felipe Maia nos vocais, Igor Bacelar e Allysson Thierry nas guitarras, Neyzinho no baixo e Angelo Linhares na bateria, a Lêmures nasceu com o objetivo de participar do Festival Aperipê de Música – eliminatória para o Festival da Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) –, e conquistou as categorias Melhor Letra e Melhor Intérprete Vocal.
Igor explica como surgiu o nome da banda. “Até poucas horas antes da inscrição no festival da Aperipê e a gente não tinha um nome ainda. E aí Josué sugeriu o nome, já que o lêmure é um animal que tem significados místicos”, conta. “O nome tem a ver com a gente, já que é um primata de hábitos noturnos, cujo nome significa ‘espíritos da noite’”, completa Josué.
Por Nayara Arêdes e Aldaci de Souza
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