Conservatório inicia curso de Musicografia em Braille

Professor Joel Magalhães destaca a importância do curso (Foto: Eugênio Barreto/ Ascom Seed)

Teve início na manhã desta segunda-feira, 5, no Conservatório de Música de Sergipe, o curso de Musicografia em Braille. Voltado para professores de música e músicos em geral, o curso está inserido nas atividades da VI Mostra de Arte sem Barreiras, realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed). Foram disponibilizadas 30 vagas para o curso, que prossegue até o próximo dia 9. Com uma carga horária de 20 horas, serão trabalhados com os participantes nomenclaturas musicais e símbolos adaptados na linguagem Braille.

Segundo o professor Joel Magalhães, coordenador do Conservatório de Música, esse curso é muito importante para promover a inclusão e despertar habilidades nos alunos com necessidades educacionais especiais. "É a primeira vez que oferecemos um curso desse para os professores. Essa iniciativa foi excelente, pois já temos alguns alunos com deficiência visual e uma grande procura de alunos com necessidade especiais, sobretudo cegos. O curso dará um suporte aos professores para trabalhar com esse público", disse o coordenador.

Essa também é a opinião da professora Teresa Cristina Monte Santo, que ministra aulas de teclado. "Esse curso chegou em boa hora. Já trabalho com alunos cegos, e adquirindo mais conhecimentos, poderemos estimular mais ainda o potencial desses jovens. A musicografia em Braille já está presente na maioria das escolas de música do mundo e serve como uma ferramenta pedagógica que incrementa as aulas. Posso garantir que os resultados obtidos são surpreendentes", revelou a professora.

Resultados surpreendentes é o que espera o professor de saxofone e clarinete Aroldo Santos. "Tenho três alunos cegos e utilizo nas aulas apenas a prática auditiva. Eles se exercitam apenas aqui no Conservatório. Com a capacitação em musicografia em Braille meu trabalho ficará mais completo, pois poderei fazer as partituras todas em Braille para que o aluno possa dar continuidade aos seus estudos em casa", explicou Aroldo.

Fonte: Ascom Seed