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(Foto: Ascom SES) |
Detentas Lançam o livro “Outras Vozes”, próximo dia 16 de abril, às 9 horas, no Presídio Feminino. Projeto participa do Inovare e é ação do Ministério Público Estadual de Sergipe. No livro, as detentas, contam suas vidas através da poesia. O projeto, inédito no Brasil, as insere no contexto de ressocialização.
O Ministério Público de Sergipe e a Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (SEJUC) celebraram Termo de Cooperação para o estabelecimento das condições necessárias ao resgate e ao fortalecimento da cidadania de mulheres em situação de encarceramento no Presídio Feminino – PREFEM.
O Projeto “Florescer” é uma ideia da procuradora de justiça, Maria Cristiana Foz Mendonça. Este de literatura especificamente, é fruto de uma oficina literária ministrada voluntariamente por Araripe Coutinho . “As detentas têm se mostrado escritoras em ação” – diz o coordenador da oficina. “Elas falam sobre suas vidas – são verdades sociais duras, – as vezes pedimos um intervalo, não dá para continuar – é tudo muito forte e verdadeiro.
Para Orlando Rochadel, procurador Geral de Justiça do Ministério Público, “ é um projeto de inclusão importante, ressocializa, cria auto-estima nas detentas e lhe devolvem a voz, a própria voz de cada uma dela s.”
No próximo dia 16 de abril, às 9 horas, no Presídio Feminino, as detentas vão mostrar a sua poesia em publicação inédita do Ministério Público de Sergipe. "O projeto devolve liberdade às presas – é isso que queremos com a literatura ,dar força e mostrar que as prisões internas são maiores "´- adianta o coordenador que acha que foi atingido o objetivo, neste livro assinado por elas, com o resultado do trabalho.
O projeto é inédito no Brasil. É um avanço. O Ministério Público Estadual quer ampliar a ideia para outras penitenciárias do país.
A diretora do presídio Lilian Melo garante “ que projetos assim socializam as presas – mas é muito difícil o dia-a-dia, a certeza de anos encarceradas, a ausência da família e a solidão.”
Evolução
O projeto visa a tirar as presas da ociosidade – um dos grandes problemas da reclusão. O projeto tem revelado importantes talentos e avanços na área da literatura e da psicologia e já concorre ao Prêmio Empreendedor do Futuro da Folha de São Paulo e o Inovare.Agora, será lançada uma antologia com o resultado dos trabalhos das detentas. “O objetivo é fazê-las sair do encarceramento social e descobrir a liberdade dentro delas, -muitas sentenciadas há mais de 30 anos” – acredita a idealizadora do projeto a procuradora de justiça Maria Cristina Foz Mendonça.
Convênio
Por ocasião da solenidade de assinatura do convênio participaram a Corregedora Geral do MP, Dra. Maria Cristina da Gama e Silva Foz Mendonça; o Secretário de Estado da Justiça, Dr. Benedito Figueiredo; o Promotor de Justiça das Execuções Criminais, Dr. Luis Cláudio Almeida Santos; o Diretor do DESIPE, Manoel Lúcio, a Diretora do PREFEM, Lilian Melo e o jornalista e poeta Araripe Coutinho. Estiveram presentes também os Procuradores de Justiça Dr. José Carlos de Oliveira Filho (Ouvidor do MP), Dra. Christina Brandi (Diretora do Centro de Apoio Operacional do 3º Setor), Dr. Josenias Nascimento e Dr. Ernesto Anízio Azevedo de Melo; além dos Promotores de Justiça Dr. Eduardo Franklin (Assessor do PGJ), Dr. Jorge Murilo (Assessor da Corregedoria do MP) e Dr. Paulo Lima (Diretor do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público). Também compareceram o Coordenador do Programa de Defesa Comunitária do MP, José Aragão Brito; a Assistente Social Arilma Viana e a Assessora de Planejamento da SEJUC, Tereza Cristina.
Os pilares do convênio são o estímulo à inserção no mercado de trabalho, com a realização de cursos profissionalizantes que sejam hábeis a gerar renda, e a viabilização do acesso à informação. A parceria robustece o Projeto Florescer, que já desenvolve ações de ressocialização entre as detentas. O Termo de Cooperação vigorará por 2 anos, sendo prorrogável por igual período. Serão promovidos, com o apoio técnico do SEBRAE, cursos de artesanato, empreendedorismo a associativismo. O MP também realizará campanhas para arrecadação de material de leitura para compor a biblioteca do presídio. O poeta Araripe Coutinho, voluntário do Projeto, criará oficinas literárias. Além disso, ocorrerão palestras sobre direito e cidadania, informações acerca do andamento processual e assessoria técnica na comercialização daquilo que for produzido.
“Preocupamo-nos principalmente com o momento em que a interna sai da unidade e precisamos trabalhar numa perspectiva de que ela não retorne, por isso essa parceria com o MP é tão importante”, declarou emocionada a Diretora do PREFEM. Dr. Benedito Figueiredo ressaltou o compromisso da SEJUC com as políticas públicas de ressocialização, citando iniciativas como a criação do Fundo Penitenciário Estadual – FUPEN/SE. Dra. Cristina Mendonça também reafirmou a imprescindibilidade de ações que tenham por escopo evitar a reincidência no crime.
Fonte: Ascom MPE
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