“”Deixe-me-a-ma-la!”” Teatro de Sombras em Aracaju

(Foto: Secult)

A interessante releitura de uma das formas mais antigas das artes cênicas: o teatro de sombras é estilo da peça “Deixe-me-a-ma-la!” da Companhia Gentileza de Artes Integradas (Cigari). Exibida no último final de semana, no Teatro Lourival Baptista, a peça encantou os presentes ao expor uma história cativante e com diversas performances dentro da Temporada Mariano de Artes Cênicas, idealizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Sob a direção de Roney David, a peça “Deixe-me-a-ma-la!” é baseada no roteiro do ator e escritor Allan Jonnes Mariano e apresenta, além de uma trilha sonora rica e diversificada, contendo músicas nacionais, internacionais e instrumentais, uma história fascinante e envolvente.

A companhia conta a história de um palhaço viajante com sua mala amada e o momento em que este se apaixona por uma bela moça. O ponto principal é o dilema vivido por este ao decidir se fica com seu grande amor ou se pega sua mala cheia de histórias, experiências e viagens vividas e sai novamente pelo mundo. “É uma história que fala do amor, fala da relação da sociedade e a mulher e da dúvida entre o personagem deixar a mala que é a vida e a trajetória dele, para ficar com a moça a qual se apaixonou e constituiu família”, esclareceu Júlia Caianara, uma das produtoras e atrizes da peça.

Companhia Gentileza de Artes Integradas (Cigari)

Em seus seis anos de existência, a Cigari tem cinco atores em seu elenco, sendo que, para essa produção, conta com mais quatro convidados. Desde 2013 “Deixe-me-a-ma-la!”, com sua performance em sombras, é exposta com sucesso nos palcos do Estado.  “Já exibimos nos interiores como Cristinápolis e Laranjeiras, aqui mesmo no Lourival durante a Temporada “Venha ver Teatro” em 2014, no Teatro Atheneu com casa lotada, nesse de 2015 ano no “Aldeia SESC” e pretendemos ir para outros interiores”, afirmou Júlia. A companhia tem sede no Bairro Novo Paraíso e já produziu diversas peças como o infantil “Caixa de brinquedos”, o circense “Ao som do Vinho” e a esquete de palhaços “Cartola – na cabeça dos palhaços”.

Plateia satisfeita

Com um público diversificado, onde jovens e adultos compareceram, a reação foi unânime em relação à história contada ao estilo de teatro de sombras, como ficou claro na afirmação de Verônica Santana Matos e seu namorado Fernando Oliveira Fontes que declararam sua admiração a essa forma tão antiga, porém desconhecida do público geral. “Nunca tinha visto o teatro de sombras e adorei” afirmou Verônica. “A mistura da música, a encenação, a história e um pouco de dança me deixou realmente admirado. Espero ver outras vezes”, enfatizou Fernando.