Como Nasce um Santo é apresentada no Festival

(Foto: Ascom Secult)

A Praça Fausto Cardoso foi novamente palco para mais uma peça integrante do Festival Sergipano de Artes Cênicas. Dessa vez o público, que lotou o local da apresentação, conferiu “Como Nasce um Santo” do Grupo Teatral Boca de Cena, nesta quarta-feira,2.

O espetáculo teatral, com texto de Eduardo Moreira, direção de Iradilson Bispo e oito atores em cena, teve como pano de fundo a história verídica da vida de João de Camargo Barros, também conhecido como Nhô João, que viveu em Sorocaba (SP). “É um espetáculo para tocar o coração das pessoas e fazer prevalecer o amor, pois o santo nasce sem preconceito e assim também devemos agir: sem preconceito”, afirmou o ator Rogério Alves que faz o papel de São Pedro.

A história da peça se passa após a morte do Nhô João. É feita uma reunião no céu para decidir se ele pode ou não ser considerado um santo, mesmo tendo sido um religioso popular e milagreiro. Por considerar a África muito distante do Brasil, Nhô João viu a necessidade de misturar as crenças, dessa forma, era firme adepto do sincretismo e para praticá-la, criou a Igreja do Bom Jesus do Bonfim das Águas Vermelhas.

Essas ações eram consideradas uma ofensa aos católicos da época, por misturar as crenças religiosas dos cultos católicos com os africanos. “Muitos diziam que ele praticava trabalhos e oferendas característicos das religiões afros, e assim gerou muito preconceito e conflito entre as religiões”, relatou Rogério. Nhô João foi preso 17 vezes por resistir à prática religiosa em sua igreja. Em 1921, estabeleceu juridicamente a Associação Espírita Bom Jesus do Bonfim da Água Vermelha. Faleceu em 1942, aos 84 anos e o culto continua até os dias de hoje.

O Grupo Boca de Cena nasceu em 2005 como fruto do projeto artístico e social “Ponto de Cultura Nosso Palco é a Rua” realizado pelo Grupo Imbuaça. Mantém sua sede no Bairro Bugio, onde realiza diversos projetos sociocultuais como o “Folhetins em Cordel: João Firmino um Poeta Nordestino”.  O Grupo vem participando de festivais nacionais importantes como o Festival de Teatro de Curitiba (Fringe), o Festival de Teatro Sergipano, o Festival Ipitanga de Teatro (FIT-BA) e a Mostra Sesc Cariri (CE).

Com uma plateia de todas as idades, olhares atentos, muitos sorrisos e aplausos o público marcou presença no espaço reservado à apresentação. “Foi muito interessante ver que se tratava de uma história real, porém encenada de uma forma divertida e que prende realmente a nossa atenção”, disse Fernando Gomes da Silveira, professor de geografia. “Eu adorei as cenas em que o diabo fala coisas engraçadas e São Pedro briga com ele”, revelou a recepcionista Solange Costa Andrade.

Fonte: Ascom Secult

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