Teatros são contemplados com peças do Festival

As apresentações seguem até o dia 30 de abril (Foto: Divulgação)

Os teatros da capital sergipana estiveram agitados, no último final de semana, com dois monólogos e uma comédia que integram o II Festival Sergipano de Artes Cênicas. O público sergipano pôde apreciar os espetáculos “Senhora dos Restos”, “Ato de Comunhão” e “Uma Herança para Zé Trambiqueiro” que foram apresentados nos teatros Atheneu, Tobias Barreto e Lourival Baptista, respectivamente.

O Festival é uma realização do Instituto Banese juntamente com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e conta com recursos do Fundo de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart). Contemplando diversos gostos e faixas etárias, o festival integra as artes circenses, dança e teatro. As apresentações estão distribuídas entre teatros, praças e outros espaços públicos, totalmente gratuitas e seguem até o dia 30 de abril deste ano.

Crítica social inspirada nos dramas vividos por moradores de rua, o espetáculo “Senhora dos Restos” emocionou o público que compareceu ao Teatro Atheneu na última sexta-feira, 1 de abril. Produzido pelo grupo Dicuri Produções, com direção de Iradilson Bispo, o monólogo é interpretado pela atriz Isabel Santos, que incorpora uma velha senhora que sobrevive no Mercado Central de Aracaju dos restos que ali encontra. O medo da polícia, a violência física, a fome e o desespero, transparecem no desenrolar da história que retêm a atenção da platéia ao longo de toda apresentação.
No sábado, foi a vez do espetáculo convidado “Ato de Comunhão” ganhar o palco do Teatro Tobias Barreto. Com texto forte e apresentação intimista onde o artista fica mais próximo ao público, o monólogo tem direção e interpretação do ator Gilberto Gawroski e é sucesso de crítica e prêmios que vem arrecadando desde sua estreia, em 2011.

A peça é livremente baseada na história real de Armin Meiwes, condenado a prisão perpétua, que ficou conhecido no mundo todo como o “canibal alemão”. Segundo Gawroski, integrar a programação do II Festival Sergipano de Artes Cênicas é muito prazeroso. “Fico muito feliz em saber que Sergipe está abrigando um Festival, pois significa que o Estado não se preocupa somente com as questões básicas que ele precisa, mas que também se preocupa com a sua alma”, acredita.

Gawroski também participou do Festival com a oficina “Crônicas de uma testemunha quase emocionada”, ministrada no dia 1º de abril, no Teatro Tobias Barreto. Com base na leitura de textos jornalísticos, crônicas, relatos, contos e textos dramatúrgicos, a oficina tem por objetivo fazer vislumbrar um processo de criação de personagem e narrador a partir de pontos de vista múltiplos do cronista, dos que sofrem o fato e dos que vivenciam a história.

Já no domingo, quem entrou em cena no Teatro Lourival Baptista foi a Companhia de Teatro Itapoart’s, com a comédia “Uma Herança para Zé Trambiqueiro”. Inspirado na obra do escritor sergipano Robson Mister Silva, que também atua pela CIA, o espetáculo relata a história do Zé Trambiqueiro, um sujeito que usa suas espertezas para se livrar das mazelas que a vida traz.

Segundo o ator e escritor da obra que deu origem ao espetáculo, Robson Mister Silva, os personagens que integram a peça foram inspirados no universo nordestino. Para ele, adaptar o texto para ser apresentado foi uma tarefa complicada, mas que deu certo e tem recebido elogios. “Sempre quando transcrevemos do livro para ser apresentado no tablado há modificações e dificuldades, mas como o Grupo já conhece bem a obra tivemos um bom resultado”, explica.

Responsável por adaptar e dirigir o espetáculo, Bráulio Lima é também um dos fundadores da Itapoart’s, que existe há 15 anos. Para ele, o Festival é uma vitrine para os artistas da terra. “O Festival é o ponto alto das artes cênicas em Sergipe, haja vista a concorrência para se fazer parte dele. Acho muito válido integrar essa ação, e parabenizo o Governo do Estado e a Secult por mais essa iniciativa”, finaliza.

Próximos espetáculos

A programação do II Festival Sergipano de Artes Cênicas segue nesta terça-feira, 05, com a peça teatral “Viveiros”, da Companhia Boca de Cena, que se apresenta às 20 horas no Teatro Lourival Baptista. Já na quarta-feira, 06, quem sobre ao palco do Lourival, também às 20 horas, é a peça “O Bandido Cabeleira e o Amor de Luisinha”, da Companhia Catálise. Confira a programação completa:

Programação
DIA 05 

Companhia: Boca de Cena (SE)
Espetáculo: Viveiros
Horário: 20 Horas
Local: Teatro Lourival Batista
Classificação Indicativa: 14 Anos
Duração: 45 Minutos

Confira a programação completa!

Fonte: Secult

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