Servidores pedem transparência e podem entrar em greve

Servidores estão reunidos na Praça da Bandeira, em frente ao Sergipeprevidência (Fotos: Portal Infonet) Cruzes foram espalhadas pelo local como forma de protesto ao parcelamento do pagamento dos aposentados

Servidores públicos estaduais estão reunidos na Praça da Bandeira, em frente ao Sergipeprevidência, contra o Governo do Estado e a Reforma da Previdência, nesta segunda-feira, 5. Em pauta, a valorização dos trabalhadores, os atrasos das remunerações e a solicitação de transparência nas contas públicas. Cruzes foram espalhadas pelo local como forma de protesto ao parcelamento do pagamento dos aposentados.

“Os servidores estão sem perspectiva de quando vão receber o [pagamento do] mês de janeiro. E o problema não é a falta de recursos. A questão é a transparência. É preciso é que o Governo abra as contas do Estado para sabermos efetivamente onde está sendo aplicado o dinheiro dos impostos que os sergipanos pagam”, reclama Roverto Silva, diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Sergipe.

Ainda de acordo com o diretor, o déficit da Previdência não justifica nos pagamentos dos servidores já que, segundo ele, o Governo arrecada mais do que gasta. "Tem como enfrentar o déficit da Previdência tomando medidas já apresentadas ao Governo através de documentos. A folha de pessoal é de R$ 300 milhões e a arrecadação é de R$ 550 milhões por mês", diz.

Greve Geral

Durante o ato será feita uma assembleia em que será definido se os servidores farão greve geral contra a reforma previdenciária, que pode ser votada pela Câmara dos Deputados no próximo dia 19 de fevereiro. 

A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplag) se posicionou dizendo que é um direito dos servidores se mobilizarem e afirmou que medidas estão sendo adotadas para resolver o atraso dos salários e do parcelamento dos aposentados. 

por Jéssica França

*A matéria foi alterada às 11h26 para inclusão de posicionamento da Seplag