Caixa Cênica tenta aproximar artistas e comunidade (Foto: Pritty Reis/Secult) |
Paralelo aos espetáculos que acontecem no IV Festival Sergipano de Artes Cênicas, as oficinas e projetos de demanda tem movimentado também a cena artística. Nesta semana, por exemplo, mais precisamente entre os dias 12 e 14 de abril, na sede do Grupo Teatral Boca de Cena, acontece à oficina Banquete Caixa Cênica, que pretende aproximar a comunidade local e os artistas de outras companhias à realidade do grupo.
A atriz Diane Veloso é uma das ministrantes do projeto, junto com o dramaturgo e diretor teatro, Sidnei Cruz, do Rio de Janeiro. Segundo ela, o projeto é uma demonstração do método de trabalho que o grupo Caixa Cênica usa em seu dia a dia de trabalho, onde procura sempre abrir o espaço da sua sede para mostrar ao público e aos demais artistas um pouco do que eles estão preparando para os próximos espetáculos.
“É uma ação que permite a imersão do público, em todos os sentidos, no dia a dia do grupo Caixa Cênica e que finalizará, com um banquete propriamente dito. Neste projeto de demanda alimentamos o corpo e também a mente”, explica Diane Veloso. Ela conta ainda que a participação de Sidnei Cruz nos projetos do grupo tem sido muito importante. “Sidnei é um grande parceiro e que sempre está junto nas nossas ideias e projetos”, completa.
Para o diretor teatral, a troca de experiências sugeridas pelo grupo Caixa Cênica com o projeto de demanda propõe uma ludicidade, com embasamento em grandes autores, como Osvald de Andrade no seu Manifesto Antropófágico, José J. Veiga, em a Hora dos Ruminantes, e Jorge Orwell, em 1984. “É uma inversão de valores em relação ao corpo. Quebramos hierarquias, da cabeça como ponto principal do corpo humano e fazendo com que outros órgãos sejam projetados”, observa.
Proposta aprovada
Assim como as demais oficinas e projetos de demanda realizado no festival, o “Banquete Caixa Cênica – Us Vaca está sendo muito elogiado pela classe artística. O dramaturgo e diretor teatral Euller Lopes é um dos participantes, e destaca que a discussão do Manisfesto Antropofágico e a troca de experiências com o Caixa Cênica, durante o processo de construção do novo trabalho deles, é muito interessante.
“Acredito que essa seja uma iniciativa inédita durante o festival, e que está sendo muito prazerosa para quem está participando, principalmente por podermos também entrar no processo de montagem do novo espetáculo deles e trocar experiências e ideia com a turma do Caixa Cênica”, acredita.
Fonte: Secult