Alexandre Barroso profere palestras em todo o país destacando importãncia da doação de órgãos (Fotos: Portal Infonet) |
No Brasil, mais de 32 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos e tecidos, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A quantidade é grande, e um dos principais meios para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação se dá através do diálogo e de relatos de vidas transformadas pela ação.
O publicitário Alexandre Barroso, que realizou uma palestra sobre o tema em Aracaju nesta sexta-feira, 4, no Centro Administrativo de Saúde, teve sua realidade mudada por três transplantes: dois de fígado e um de rim.
Problemas de saúde complicados foram resolvidos por meio da solidariedade e, desde então, ele vem viajando o país para contar sua experiência e destacar que doar órgãos é um ato de caridade. “Significa renascimento, de verdade. Sou outro, há um outro Alexandre depois de tudo, sou muito grato aos doadores. As pessoas devem falar mais sobre isso. É importante que falem com suas famílias, é o único meio efetivo. Falar de doação de órgãos não é falar de morte, e sim de vida. Passei por três transplantes, onze cirurgias, 12 comas e quatro anos no hospital”.
Alexandre: “Três pessoas sobrevivem comigo. Sou muito mais feliz depois do transplante”, celebra |
Uma forma de acelerar a entrega de órgãos às pessoas que estão na fila é o envio de itens via transporte aéreo. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) realiza, por ano, cerca de 7 mil entregas de órgãos e tecidos para os pacientes. “Temos que fazer nossa parte, sou voluntário dessa causa e as empresas são parceiras. É importante envolver a sociedade e levar esse recado. É um gesto bonito e a pessoa de certa forma continua viva. O órgão colocado em uma pessoa continua vivo. Três pessoas sobrevivem comigo. Sou muito mais feliz depois do transplante”, assegura Alexandre.
Para doar órgãos, basta comunicar à família o desejo, mas ainda em vida alguns podem ser doados, como um rim ou medula óssea. “Não deforma e não deixa ninguém em situação complicada”, finaliza.
Por Victor Siqueira