Nove são indiciados por fraude em posto de combustível

O esquema de fraude ocorria em um posto no bairro Atalaia (Foto: SSP)

Uma ação conjunta da Polícia Civil com o apoio de peritos do Instituto de Criminalística resultou nesta segunda-feira, 19, na elucidação de um esquema de fraude de gás natural que ocorria em um posto de combustível localizado no bairro Atalaia, zona sul de Aracaju. Ao total, nove pessoas foram indiciadas, sendo seis frentistas do referido posto e três taxistas que participavam do esquema.

De acordo com o delegado Fernando Melo, responsável pelo inquérito, a 8ª Delegacia Metropolitana foi acionada, na qual foi registrado um boletim de ocorrência em meados do mês de dezembro do ano de 2017. A partir daí, foi solicitado à Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) que realizasse uma perícia no local, procedimento realizado pelos peritos do IC, André Feitosa e Charles Carvalho, sendo então constatada a fraude.

"O proprietário do posto de combustível suspeitou que estava acontecendo o desvio de Gás Natural Veicular (GNV). A partir daí, solicitamos o auxílio dos peritos do Instituto de Criminalística para verificar se realmente existia a fraude. O laudo emitido pela perícia comprovou o esquema e os acusados já foram indiciados. Foi solicitado inclusive à companhia responsável pelo abastecimento alguns procedimentos para verificar se havia alguma falha mecânica do sistema. Após constatar  que não havia qualquer tipo de disfunção no abastecimento, a suspeita se voltou para os próprios funcionários. Um vídeo das câmeras de segurança do local flagrou o procedimento de desvio, realizado pelos frentistas com a conivência de alguns taxistas da localidade", explicou o delegado.

Segundo o perito Charles Carvalho, do Instituto de Criminalística, os frentistas geravam, manualmente, um erro na bomba de abastecimento para que ela não contabilizasse o gás que seria desviado. “Para constatar essa fraude, utilizamos um medidor de massa interligado à bomba, reproduzimos o mesmo esquema da fraude e verificamos  que durante esse processo a bomba não registrava a passagem do combustível", disse.

A investigação pericial durou cerca de 30 dias e comprovou que, das 23h da noite às 5h da manhã do dia seguinte, a bomba não registrava os abastecimentos. “Ele (o taxista) sabia quantos metros cúbicos iria abastecer e fazia o cálculo do valor em cima do preço do gás. Por exemplo, se desse R$50,00, o frentista recebia a metade, o que gerava vantagem para ambos e o posto sairia lesado”, afirma o perito André Feitosa.

O golpe foi aplicado durante cerca de dois anos e meio; o prejuízo do posto está estimado em cerca de 300 mil reais. De acordo com o delegado responsável, seis frentistas envolvidos no caso foram indiciados por furto qualificado e formação de quadrilha, já os três taxistas foram indiciados por receptação.

Fonte: SSP/SE

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