Sem Fafen, Laranjeiras perderá mais de R$3 mi em receita

Laranjeiras: caos e desemprego (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Em Brasília, a bancada federal que representa Sergipe no Congresso Nacional, representantes do Governo do Estado e de prefeituras atingidas discutem o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), subsidiária da Petrobras. Em Laranjeiras, gestores da Prefeitura e da Câmara Municipal de Vereadores estão mobilizados, acompanhando os desdobramentos da decisão anunciada pela Presidência da Petrobras ao governador Jackson Barreto (PMDB) e esperam que a estatal reveja esta possibilidade. A comunidade foi mobilizada para participar de um ato público que ocorre durante toda a tarde desta terça-feira, 27, na cidade.

Segundo informações do secretário João Rosa, de comunicação social do município, Laranjeiras perderá cerca de R$ 3 milhões anuais se a medida for efetivada. As receitas estariam vinculadas ao recolhimento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS), resultantes da atividade da fábrica naquele município.

Só com o IPTU, segundo João Rosa, a fábrica rendeu aos cofres do município algo em torno de R$ 1,6 milhão neste ano e, em 2017, a prefeitura teve uma arrecadação superior a R$ 2 milhões de ISS, em função da parada temporária programada da fábrica que levou vários prestadores de serviços ao município para fazer a manutenção da unidade em Laranjeiras. E o ICMS decorrente da atividade da Fafen no município representa algo em torno de 20% da arrecadação deste tipo tributo, segundo o secretário João Rosa.

O fechamento da unidade, na ótica do secretário, levará ao caos a economia da região e à falência vários outros segmentos movimentados pela fábrica. “Será o fim da cadeia produtiva e o desemprego será o grande impacto”, preconiza o secretário João Rosa. O prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck (DEM), já se encontra no Distrito Federal participando dos debates para evitar o fechamento da fábrica, segundo João Rosa.

Por Cássia Santana