(Stromboli, Terra di Dio). Itália, 1949. Direção de Roberto Rossellini. Com Preto e branco, 107m, 14 anos. Cia Produtora: RKO Radio Pictures. Com Ingrid Bergman, Mario Vitale, Renzo Cesana e Maria Sforza.
Um filme que, apesar dos cenários tosco e de um roteiro complicado, fez história. Em 1949, na Itália, estava em pleno auge o chamado cinema neo-realista, do qual Roberto Rossellini era dos nomes mais expressivo. Ele acabara de deixar a convivência matrimonial com a atriz Anna Magnani e estava apaixonado pela atriz sueca, mas americana de formação, Ingrid Bergman, então uma das bonitas e requisitadas atrizes de Hollywood. Para surpresa de todos, la Bergman apaixonou-se por Roberto Rossellini e deixou o marido, um médico sueco para vir morar com ele na Itália. Ele então preparou este “Stromboli” para sua nova mulher. Inserido no movimento do neo-realismo, o filme foi, porém, um fracasso de bilheteria, tanto que a produtora americana, a RKO, remontou-o a revelia do diretor. Mas, Rosselini terminou aprovando a remontagem, mas, mesmo assim, o filme não conquistou o público de imediato. Só algum tempo depois, na reapresentação, “Stromboli’ conquistou o público. Dentro do espírito do neo-realismo, o ator Mario Vitale, foi recrutado entre aqueles pescadores que trabalhavam na equipe do filme. Virou ator praticamente de um filme só. Na história, Ingrid é a refugiada litana Karin, que sai de um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial e vai para a ilha de Stromboli, no Mediterrâneo, de onde vem o pescador como o oqual se casa para adquirir cidadania. Na ilha, Karin não consegue se relacionar com os moradores e tenta convencer o marido a voltar para o continente. Grávida, ela acaba fugindo quando um vulcão entra em erupção, mas acaba chegando ao outro lado da ilha. Ao se perder, acaba adormecendo. Apesar de tudo ela consegue escapar. Talvwez, aos olhos de hoje, o filme pareça velho oe antiquado, mas de qualquer tem a presença de Ingrid Bergman, então no auge da beleza que fascinou Hollywood. Esta é também uma rara oiporotunidade de assistir a um filme dramático em preto e branco.