O Ocupe a Praça sempre atrai um público diversificado (Foto: Edinah Mary) |
Cinco décadas atrás nascia o Tropicalismo, movimento cultural ousado, que inovou a música brasileira e ainda hoje é referência para artistas e pesquisadores. Para comemorar os 50 anos do Tropicalismo, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), através do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD) – em parceria com a Revista Rever –, promoveu nesta quarta-feira, 28, o ‘Ocupe a Praça: Diálogos Rever – 50 anos de tropicalismo’, no Centro Cultural de Aracaju.
Com programação especial em celebração a este movimento, que mudou o cenário musical e cultural, foi realizado o Seminário de Formação em Filosofia da Cultura: Infinitivamente pessoal e Coletivo: Sobre o álbum “Transa”, de Caetano Veloso, com a participação do professor Romero Venâncio (UFS), além da exibição do documentário ‘Tropicália’, de Marcelo Machado. O evento contou ainda com a Roda de Conversa com Rafa Aragão, Neila Maciel e Romero Venâncio. O encerramento ficou por conta do o projeto “Discotecagem Tropichaos”, sob o comando do DJ Rafa Aragão, na praça General Valadão.
A coordenadora do NPD, Graziele Ferreira, afirma que o evento já entrou para o calendário cultural do município. Segundo ela, as pessoas ficam aguardando ansiosamente por cada edição para saber o tema. “Estamos sempre conectados e de olho em diversos assuntos que fazem com que a população reflita, valorize e acima de tudo possa construir um conhecimento a partir de nossas edições. Este, por exemplo, tem a parceria com a revista Rever, que sugeriu a temática e fomos alinhando. Esse é o objetivo do Ocupe a Praça, atrair todos os públicos e temas possíveis e estamos sempre abertos a sugestões”, ressalta.
Já para o representante da Revista Rever, DJ Rafa Aragão, a parceria só tem a crescer. “Tratar de um tema de tamanha importância como este é levar conhecimento de forma leve, sem deixar de contar nossa história. Debater sobre o movimento tropicalismo, que talvez dentro de uma sala de a aula não tenha espaço como está acontecendo, é um momento único”, diz. “O Ocupe a Praça trouxe nesta edição uma oportuna discussão sobre a Tropicália, movimento que balançou o cenário da música brasileira no final dos anos sessenta. O programa continua trazendo vida ao centro de Aracaju no período da noite, mesclando atividades que agradam ao público”, explica o presidente da Funcaju, Silvio Santos.
A sala de exibição Walmir Almeida, no Centro Cultural de Aracaju, estava lotada. Uma plateia atenta acompanhou o seminário proferido pelo professor Romero Venâncio. “Este tema e a abordagem deste seminário superam toda e qualquer expectativa que criei na hora que soube sobre o tema. Como sou professor, levarei este aprendizado para o âmbito escolar e já fico ansioso para os próximos eventos sobre o tema”, explica o professor Zezito Oliveira.
O Ocupe a Praça sempre atrai um público diversificado. Desta vez o presidente do Instituto Simodiense da Juventude, José Santana, veio de Simão Dias, distante 100 km da capital, para prestigiar o evento com o objetivo de adquirir conhecimento sobre a temática para levar aos jovens de sua cidade. “Antes de qualquer coisa, quero parabenizar a Funcaju e a Prefeitura de Aracaju por idealizar um evento como este e já deixo uma sugestão: fazer caravana do Ocupe a Praça para contemplar os municípios que não têm acesso à cultura e a temas de extrema importância. Estou encantado com o documentário, com o seminário, o questionamento do público. Todos estão de parabéns e com certeza levarei aos jovens do Instituto um pouco sobre a Tropicália”, enfatiza.
De acordo com o professor Romero Venâncio, o documentário deixou vivo no audiovisual a história desse movimento que modificou e inovou toda a cultura desde o final da década de 60. “O documentário Tropicália, de Marcelo Machado, diz tudo sobre a valorização e é um arquivo em audiovisual que todas as gerações podem ter acesso. Celebrar os cinquenta anos da Tropicália aqui está sendo um marco, pois podemos debater sobre esse movimento cultural que mudou o cenário brasileiro”, explica.
Fonte: assessoria de comunicação