Augusto Bezerra não depõe na Deotap

Augusto Bezerra: depoimento sem data definida (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Estava marcado para esta segunda-feira, 5, o depoimento do deputado Augusto Bezerra (DEM) sobre denúncias que envolvem suposto esquema de desvio de verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor. O depoimento deveria ter ocorrido pela manhã na sede do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deotap), mas ele não compareceu.

O advogado Aurélio Belém, que atua na defesa, informou que o parlamentar tem interesse de prestar os esclarecimentos à polícia, revela que Augusto Bezerra não foi notificado e alerta que o deputado tem prerrogativa legal de indicar o local e data para prestar o depoimento. O advogado disse que se reunirá com Augusto Bezerra para definir estas questões para marcar a data e o local do depoimento com a delegada Thaís Lemos, diretora da Deotap.

A delegada diz que o silêncio do deputado estadual não atrapalhará a investigação nem também a conclusão do inquérito policial. “Já estou com o relatório pronto”, diz a delegada, tomando por base as provas coletadas durante as investigações. A diretora do Deotap entende que, não comparecendo para prestar depoimento, o deputado estaria deixando claro que usaria o direito de permanecer em silêncio e só se manifestar em juízo.

Nolet Feitosa

A delegada garante que não resta dúvida da participação do parlamentar no desvio de recursos destinados para o Instituto Laurear, entidade beneficiada com cerca de R$ 2 milhões, entre os quais R$ 1,4 milhão por indicação do deputado Augusto Bezerra. O esquema teria participação também do empresário Nolet Feitosa, que exercia função de diretor administrativo e financeiro da instituição. E, no relatório, ela pedirá o afastamento do deputado Augusto Bezerra das funções parlamentares na Assembleia Legislativa de Sergipe.

Ao contrário do comportamento que teve com esquema semelhante na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Veneza (Amanova), Nolet não assinou delação premiada e atribui responsabilidade a parlamentares que fizeram a indicação das entidades pelo desvio dos recursos, conforme explica a delegada Thaís Lemos, diretora do Deotap. A delegada não tem dúvida que houve saques de cheques da instituição em benefício do parlamentar e de assessores, que ficavam com um percentual do montante desviado. Há provas, segundo a delegada, de que R$ 35 mil [em cheque da instituição] foi utilizado como pagamento de sinal para a aquisição de uma casa de praia.

Por Cássia Santana

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