Projeto para 100 km do Canal do Xingó é autorizado

Superintendente regional, presidente da Codesvasf e André Moura assinaram ordem de serviço (Fotos: Portal Infonet)

A discussão sobre a construção do Canal do Xingó, para levar recursos hídricos a municípios do sertão sergipano, não é novidade. Há mais de 20 anos já se fala na grande obra e, a partir de agora, ele já tem tudo que é necessário para avançar a etapa de especulações. Nesta quarta-feira, 30, o presidente e superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), assinaram a ordem para execução do serviço de elaboração do projeto básico da primeira etapa do Canal.

O projeto terá recursos federais na órbita de R$ 10,9 milhões e prazo de seis meses. “É uma etapa que antecede o processo de licitação e execução da obra propriamente dita. Nesse momento estamos fazendo o projeto base, que configura a primeira etapa útil da obra, de 100 km de canal”, explica o assessor especial da presidência da Codevasf, Elton Cruz. O Canal será semelhante a um sistema adutor com vazão máxima de 36 m³/s, partindo do reservatório de Paulo Afonso, na Bahia, e chegando a Sergipe pelos municípios de Canindé de São Francisco até Poço Redondo. A etapa posterior do projeto, de mais 200 km, beneficiará também os municípios de Porto da Folha, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória.

Elton explica que projeto será desenvolvido em seis meses

O projeto, segundo a Codevasf, vai ampliar a oferta de água para múltiplos usos, como abastecimento humano, agricultura irrigada, pecuária e agroindústrias. O deputado federa, André Moura (PSC), que também assinou a ordem de serviço, destacou que essa é a maior obra envolvendo recursos hídricos no século em Sergipe. “Ela deve abranger, em sua totalidade, cerca de R$ 2,3 bilhões de reais, e em termos de alcance social beneficiará diretamente a agropecuária, indústria, além de atenuar o problema com a seca no sertão”, frisou.

Riscos

Questionado sobre os riscos para o volume de água do Rio São Francisco, Elton Cruz rechaçou que o projeto seja o ponto de ameaça para a bacia. “Essa questão do risco fica muito latente pelas pessoas acharem que um processo de interligação ou derivação vai acabar com a condição do rio. A condição do Rio São Francisco não está na quantidade, e sim na qualidade, na preservação da margem, das nascentes, de onde geram volume de água para que ele se mantenha na sua carga principal. Essa intervenção, é na verdade, uma derivação de água que possivelmente seria perdida para o rio”, explica

Canal cortará sertão em 300 km na sua totalidade

Por Ícaro Novaes

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