Ambiente de convivência, estudo, inserção social e, principalmente, de leitura. Mesmo com tantos atributos importantes, as bibliotecas existentes no Brasil ainda não são suficientes. A Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010, determina que as escolas brasileiras públicas e privadas, de todos os sistemas de ensino, tenham uma biblioteca. Mas, na prática, a realidade é bem diferente. De acordo com o Censo Escolar de 2017, metade das escolas do Ensino Fundamental não possuem um espaço destinado a leitura. O Plano Nacional de Educação prevê que até 2020 essa situação seja revertida.
O Brasil tem mais de 7 mil bibliotecas cadastradas no Sistema Nacional de Bibliotecas do Ministério da Cultura. A proporção é de apenas uma biblioteca pública para cada 30 mil habitantes. Na República Tcheca, que tem o melhor índice do mundo, a proporção é de uma para cada 1.970 habitantes. Outro dado negativo é o índice de leitura dos brasileiros. Uma pesquisa do Instituto Pró-livro, realizada em 2014, mostrou que 44% dos brasileiros não têm o hábito de ler e 30% nunca compraram um livro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz um dado positivo sobre a situação. A quantidade de bibliotecas no Brasil tem crescido. Entre 1999 e 2014, o número subiu de 76,3% para 91,7% e, dos 5.570 municípios do país, apenas 112 não possuem o espaço público para leitura. Em Sergipe, são 76.
Na opinião do professor do Curso de Letras Gilberto Pereira, por mais que o número de bibliotecas existente ainda não seja o necessário, a desvalorização das mesmas, só vai ocorrer quando não existir mais a pesquisa e nem pesquisadores. Segundo ele, a leitura é o único mecanismo onde todos são iguais. “É importante que todos tenha acesso a livros, mas na vida de um adolescente, essa pratica é ainda mais importante. É por meio dessa leitura que a crianças fazem novas descobertas”, defende Pereira.
A forte concorrente das bibliotecas é a internet, que facilita o acesso dos estudantes aos conteúdos que eles teriam que ir em busca. Para Gilberto, as bibliotecas são muito mais do que um ambiente que reúne livros. “As bibliotecas não existem apenas para as pesquisas, mas também, para a admiração da arquitetura que as compõem. E por mais que o governo esteja deixando as bibliotecas de lado, muitas pessoas têm o interesse de levar bibliotecas móveis para as ruas e promover ações práticas que elevem o conhecimento e novas descobertas.”, assegurou.
Mesmo com esse cenário, muitas bibliotecas estão se reinventado e atraindo antigos e novos visitantes. Novos modelos também estão oferecendo experiência únicas e inovadoras aos seus visitantes e usuários. Com isso, acervos digitais e a criação de espaços colaborativos para pesquisadores e leitores devem se tornar cada vez mais presentes no cotidiano dos brasileiros.
Fonte: Ascom Educa Mais Brasil
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