Sergipanos enfrentam a crise do pão francês

O pão francês vem causando grande discussão em torno dos aumentos de preços. As panificadoras acabam sendo obrigadas a procurarem alternativas para manter a qualidade do pão consumido e os preços baixos. Atualmente os preços variam entre R$ 0,10, R$ 0,12, R$ 0,15 e R$ 0,20. Uma das soluções encontradas para diminuir os preços desse produto é a fécula de mandioca que pode ser misturada ao trigo, o que baixaria em até 20% o valor do pão. “Em função da crise na Argentina, onde tínhamos valores mais baixos, os moinhos nacionais tiveram que buscar material em outros lugares como o Canadá e os Estados Unidos. Esse trigo, que é cotado em dólar, tem uma taxa de importação muito alta, isso porque eles viram que a procura estava sendo grande”, diz Carlos Alberto Paixão, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação de Sergipe. Para driblar as constantes reclamações quanto ao preço e a diminuição do peso do pão, que deve ser de 50 gramas, alguns donos de panificações estão tomando a mesma medida das indústrias de papel higiênico, que diminuíram o comprimento de 40 para 30 cm e mantiveram os mesmos preços. “Em respeito ao consumidor os pães tem que ser oferecidos em 50 gramas”, diz Carlos Alberto. Antes da onda de aumentos, as panificações dos bairros mais periféricos cobravam em media R$ 0,13 e, quem cobrava R$ 0,10 está cobrando agora R$ 0,15. SUGESTÕES DE MELHORIA – Uma sugestão para que não se aumente tanto os preços e ocorra uma baixa no peso do pão é a utilização da fécula da mandioca que, segundo Carlos Alberto, pode vir a gerar emprego, aquecer a agricultura e diminuir o déficit. “Se a lei for aprovada, os moinhos vão adicionar a fécula na farinha, mas o pão será descaracterizado e terá o paladar mudado”, diz ele, acrescentando que “em respeito ao consumidor e cumprimento ao código, deve-se informar das mudanças ocorridas na fórmula”. Para Carlos, o segmento de panificação está passando por uma fase muito caótica, e a saída é vender os produtos com preços justos e com qualidade, mas parece que este preço não vai agradar a todos. “O preço do pão hoje deve ser de R$ 0,20 sem medo de ser taxados como exploradores. As panificações devem estar dentro do padrão de higiene e qualidade. O preço de R$ 0,10 a R$ 0,12 não dá para praticar”, diz Carlos Alberto.

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