Petrobras explica incidente no Tecarmo

Na manhã de ontem, a diretoria da Petrobras em Sergipe reuniu a imprensa para prestar esclarecimentos sobre o incêndio que aconteceu durante a madrugada na Unidade de Processamento de Gás Natural da Petrobras do Tecarmo, na Atalaia. As explosões, que ocorreram por volta das 18h30min, foram seguidas de incêndio e atingiram o tanque de óleo denominado TQ-910. Na coletiva – que aconteceu no auditório da própria Unidade do Tecarmo – o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, tentou explicar o que aconteceu e garantiu que não há riscos de novas explosões no local. “Devemos tranqüilizar a população sobre o acidente, esclarecendo principalmente que não houve vítimas nem danos ambientais. Nós estamos investigando as causas e garantimos que a situação está sob controle”, afirmou. Além do presidente da Petrobras, estavam na coletiva: Eugênio Dezen, gerente geral da Petrobras em Sergipe; Roberto Tiobald, gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde; Sérgio Almeida, gerente de operação do Tecarmo e Ubirajara Bezerra, coordenador da Transpetro. Segundo os técnicos da Empresa, o incêndio ficou restrito à bacia de contenção do tanque – local projetado especificamente para ocorrências dessa natureza – e apenas 10% do suprimento de água disponível para atender esse tipo de emergência foi utilizado. PRODUÇÃO PARALISADA – Apesar de não terem sido registrados danos ambientais nem vítimas humanas, o acidente deve causar um prejuízo considerável à Empresa, que desde segunda-feira interrompeu a produção. “Essa unidade é responsável pelo tratamento de toda a produção que vem da costa sergipana e a explosão aconteceu exatamente em um dos tanques que recebe esse óleo. Felizmente a presteza e eficiência das nossas brigadas de incêndio, da Infraero, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, evitou que ele se alastrasse. Mas nós tivemos que suspender toda produção até que seja detectada a falha que causou o incêndio”, explicou Sérgio Almeida. Em números, essa paralisação significa que a unidade deixará de produzir, diariamente, cerca de 8 mil barris de óleo e 2 milhões de metros cúbicos de gás. Quanto aos danos materiais, a Petrobras informou que foram danificados apenas o tanque de armazenamentos e alguns dutos que circulavam a bacia de contenção. Apesar da paralisação, Almeida garantiu que o fornecimento para o mercado sergipano está garantido. “Houve suspensão do fornecimento de gás para Bahia e redução na produção de gás de cozinhas, mas isso não deve afetar os consumidores. Temos um estoque suficiente para suprir o mercado durante o período em que a produção ficar paralisada”, assegurou. COMISSÃO – A Petrobras também informou que constituiu uma comissão, formada por técnicos da Empresa – inclusive um especialista em explosões -, para identificar as causas do acidente. Essa comissão deverá, inclusive, descobrir se houve falha humana em alguma parte do processo. Com relação as especulações de que trabalhadores terceirizados seriam responsáveis pelo problema, o gerente geral garantiu que isso não procede. “Esse trabalho, em todos os turnos, é realizado por operadores da própria Petrobras”, afirmou Dezen. Quanto ao Plano de Contingência – estudo que prevê saídas emergenciais em caso de um acidente de grande proporção no local -, Roberto Tiobald afirmou que o mesmo está sendo revisado e que deve ser criado o Núcleo de Defesa Comunitária. O presidente da Petrobras, por sua vez, negou que houvesse má vontade, por parte da Petrobras, em encaminhar o Plano. “O plano está sendo revisado e nós já temos uma reunião marcada com os moradores para realizar melhorias no projeto. Já existem rotas de fugas definidas, pontos de encontros e devem ser realizados treinamentos para que a população saiba como agir em caso de acidente”, afirma.

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