A Casa Aracaju é um evento que se transforma em uma verdadeira vitrine para pessoas que gostam de apreciar as belezas da arquitetura, decoração e paisagismo, e o que é mais importante, beleza aliada à funcionalidade. Na edição 2003, são 87 profissionais, que utilizam um casarão da década de 20 do século passado, localizado na rua Estância, 228 – Centro. São 35 ambientes redecorados. Todos eles, segundo o regulamento da Casa, contam com pelo menos uma obra de um artista sergipano, prestigiando os talentos locais. Um dos organizadores do evento, o arquiteto Dennis Falcão, fala com exclusividade ao Porta InfoNet da nova edição da Casa. PORTAL INFONET – Como foi o processo de escolha do novo local da Casa? Dennis Falcão – Nós [os organizadores] fizemos um levantamento de casas onde seria possível realizar o evento. Todos os anos proprietários de imóveis que se interessam em negociar o espaço com a gente entram em contato e nós analisamos as possibilidades. Esta casa da Rua Estância já está em avaliação desde a edição do ano passado, mas como já nos preparávamos para realizar o evento no Santo Antônio, a da Rua Estância, que é um edifício eclético e tem uma história interessante, ficou para este ano. INFONET – Quais são as expectativas de público para este ano? DF – O número de visitantes vem aumentando surpreendentemente a cada ano. Na primeira edição da Casa, recebemos cerca de cinco mil pessoas. Já no ano passado, recebemos pouco mais de 10 mil visitas. Para este ano, com o tamanho do empreendimento e as novas atrações, esperamos atingir uma média de 17 mil pessoas. INFONET- O novo imóvel é de patrimônio da Universidade Federal de Sergipe. Quais são os benefícios para a instituição depois da “Casa Aracaju 2003”? DF – São inúmeros. Fizemos todo um trabalho de reinstalação elétrica, coisa que sempre fazemos em todas as outras edições, devido aos riscos de incêndio em instalações antigas. Além de obviamente reformarmos todo o prédio, telhado, fachada, calhas, pintura, enfim, deixamos tudo prontinho para ser utilizado. Além disso, depois da Casa Aracaju, o espaço passará a funcionar como sede do Núcleo Museológico da UFS. INFONET – Que tipo de atrações traz a nova Casa? DF – Estarão sendo disponibilizados, por exemplo, um restaurante, com chopperia, uma galeria, na qual serão comercializadas algumas obras de Joubert Moraes e um mini-shopping com cinco lojinhas do mercado municipal, que comercializarão artesanato. Um artigo, por sinal, que se bem utilizado, é de fino gosto. Não é só para ser usado em casa de praia ou quarto de adolescente, mas se pode fazer muita coisa legal em casa com o uso de materiais do artesanato. INFONET – De que forma a Casa Aracaju tem contribuído para a valorização dos profissionais que participam do evento? DF – As pessoas têm compreendido mais as diferenças entre arquiteto e decorador. O arquiteto vê o espaço como um todo, analisando aspectos como iluminação e conforto. Já o decorador observa mais a arte do local, analisando cuidadosamente cada objeto. Em Aracaju, o reconhecimento das profissões vem acontecendo, por exemplo, na organização das lojas, que têm algumas vendas orientadas por arquitetos. Mais informações através do telefone 9989-6905 (Jaci RosaCruz) ou via e-mail casaaracaju@infonet.com.br.
