Relator deve pedir cassação de deputado

Amanhã, às 15 horas, na sala das Comissões da Assembléia Legislativa, o deputado Ulices Andrade, relator da Comissão Processante da AL – instalada com o objetivo de investigar o envolvimento do deputado Antônio Francisco no crime que vitimou o parlamentar Joaldo Barbosa – entrega o relatório com o parecer sobre o caso. “Nosso relatório é pedindo a cassação do deputado Antônio Francisco pela falta do decoro parlamentar”, informa o relator. Segundo ele, a defesa de Antônio Francisco não apresentou elementos que colocassem sob suspeita o inquérito realizado pela Secretaria de Segurança Pública. Ulices Andrade explicou ainda que, apesar de não existirem provas concretas contra Antônio Francisco, o envolvimento comprovado do filho dele, o vereador Antônio Francisco Júnior, no crime, confirmam a teoria da polícia de que o motivo da morte do deputado Joaldo Barbosa foi a abertura da vaga para o seu suplente. “O nosso trabalho não é prender ou mandar para cadeia, isso quem deve fazer é a polícia. A Comissão tem a obrigação de analisar o comportamento do parlamentar, se ela não se coaduna com a postura exigida pela casa. Está em questão a sua moral, por isso o relatório pede a cassação, por entendermos que, nesse caso, o deputado faltou com o decoro”, afirma. PLENÁRIO – O relator tinha 30 dias para apresentar o documento com a conclusão do trabalho, mas optou por não utilizar todo o prazo. “A Comissão Processante já ouviu todas as partes e nós entendemos que já tínhamos elementos suficientes para apresentar o relatório”, diz Ulices Andrade. Agora, com o relatório pronto, o deputado deve apresentá-lo amanhã aos outros membros, que devem votá-lo. Caso passe pela Comissão, o documento será levado ao Plenário onde passará por outra votação. “Para ocorrer a cassação do deputado Antônio Francisco, é necessário que sejam contabilizados metade dos votos mais um, isto é, como existem 24 parlamentares na AL, para o deputado ser cassado, são necessários, no mínimo, 13 votos”, explica o relator. As especulações já correm soltas na Casa. Um parlamentar chegou a dar um palpite sobre o resultado da votação caso ela vá ao Plenário: 23 votos contra 1. “O único que votará contra será o próprio Antônio Francisco”, disse. Apesar de não ter nada oficial neste sentido, é possível que a votação da cassação aconteça no próximo dia 27, quando completam quatro meses da morte de Joaldo Barbosa. Para Edla Amaral, viúva de Joaldo, os parlamentares têm obrigação de cassar Antônio Francisco. “Nós acreditamos no trabalho que foi feito pela polícia e pela Comissão Processante. Também acredito que esta cassação vai impedir que se garanta um mandato de quatro anos manchado de sangue. A Assembléia fará a sua parte”, afirma Edla. Comissão Processante encerra fase de depoimentos

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