A exemplo do que aconteceu no ano passado, a Justiça proibiu mais uma vez fogos no centro histórico de São Cristóvão. A determinação partiu do juiz Manoel da Costa Neto, da Vara Cível da Comarca de São Cristóvão, por conta dos riscos que os fogos representam para as edificações históricas da cidade. Além dos buscapés, também foram proibidos pitus, limalhas e espadas. Para Luciano Silva, secretário adjunto de Cultura, a decisão é correta, mas incompleta. “Em parte é uma decisão positiva. Mas, por outro lado, estes fogos fazem parte de uma tradição secular, que é da Festa do Mastro, que é comemorada neste período no centro histórico. Quando se proíbe os fogos, impede também que o povo mantenha sua cultura. Seria interessante que antes de proibir fosse viabilizada uma área para onde a festa fosse transferida”, opina Silva. O secretário também explicou que a Prefeitura de São Cristóvão está pensando em um local para onde a festa possa ser transferida e, também, onde existam condições para que os foliões soltem fogos, que não ameacem a segurança dos moradores nem do patrimônio histórico. A delegacia da cidade já foi informada da decisão e deve fiscalizar para que a ordem do juiz seja cumprida. O secretário adjunto também informou que, no ano passado, as pessoas respeitaram a proibição, principalmente devido um trabalho de conscientização que foi feito no período. “Espero que este ano também respeitem, apesar de a Secretaria não ter sido, ainda, informada sobre essa decisão do juiz”, diz.