“De carroças de burro e de porcos”, por Gilson Costa

A cidade de Aracaju recebe, cada vez mais, elogios pela sua limpeza. Não sei se toda a cidade é servida do serviço de coleta de lixo. Mas com certeza o percentual chega próximo aos 100%. Isso é visível. Setores organizados da sociedade discutem, há algum tempo, o que fazer com o lixo que é recolhido na cidade e até na Grande Aracaju. Torçamos para que a solução se dê no menor espaço de tempo possível. Será mais um benefício para a população. Mas indiferente a todo esse esforço, a todos os recursos financeiros despendidos, tem quem atue na direção contrária. Tem quem atue desavergonhadamente contra os interesses da maioria da população. Tem quem, na calada da noite e madrugada adentro, nem sempre de forma sorrateira, “jogue no lixo” todo o trabalho para se deixar a cidade limpa. Estou me referindo àqueles que em cima de uma carroça puxada por um burro, emporcalham vários pontos da cidade. São terrenos, em diversos bairros, servindo de local para “desova” do lixo que deveria ser coletado pelos caminhões da Prefeitura. Como agem os suínos disfarçados de carroceiros? Simplesmente eles não mais se preocupam em abrir os sacos que acondicionam o lixo doméstico em frente às residências. Agora eles recolhem os sacos de lixo em suas carroças e os levam para um terreno qualquer. Ali chafurdam em busca do que lhes interessa. Terminado o “serviço” está lá o resultado: mais um amontoado de lixo, geralmente nas vizinhanças de residências. E ali passa a ser a nova lixeira, administrada pelos tais porcalhões, até a Prefeitura descobrir, ou ser avisada, e então deslocar homens e máquinas para a limpeza. No dia seguinte, ou no mesmo dia, um novo lixo ali será jogado. Muitos vão dizer que isso é uma questão social. E é. Mas será que quem é autor dessa prática vai minimizar as desgraças de sua vida jogando lixo nas vizinhanças, espalhando fedentina e doenças, além de provocar prejuízos para toda a população? A solução desse problema não está apenas nas mãos da Prefeitura, que já dá sinais de intolerância. Aqueles em cujas proximidades o lixo é despejado e espalhado também precisam agir. Como? Denunciando na imprensa, chamando a Prefeitura, a Polícia, quem de direito. É preciso ajudar a Prefeitura numa ação inibidora. É preciso escandalizar-se, não assistindo passivamente essa situação. Concluo pedindo desculpa aos pobres suínos, aqueles mamíferos da ordem dos artiodátilos, de deliciosa carne. Em momento algum tive a intenção de ofendê-los. Tratei aqui do adjetivo que alguns indivíduos merecem. * Gilson Costa é bancário aposentado

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