O otimismo esteve em alta, no início da tarde de hoje, na cerimônia de assinatura do protocolo de intenção para análise de projetos de interesse comum, em Sergipe, entre a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce, que aconteceu na Unidade Operacional Taquari-Vassoura, no município de Rosário de Catete. O documento, assinado pelo governador João Alves Filho, e pelos presidentes da Petrobras e CVRD, José Eduardo Dutra e Roger Agnelli, prevê a constituição de um grupo de trabalho para estudar a viabilidade de projetos a serem desenvolvidos no Estado. “O grupo será coordenado por quatro membros, dois da Petrobras e dois da CVRD, que devem apresentar, dentro de 120 dias, a conclusão dos estudos realizados com base nos dados das duas empresas”, explicou Dutra. Para o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, a assinatura do protocolo significa novas caminhos para o Estado. “Acredito que o grande lance desse ato é que Sergipe está saindo do samba de uma nota só. Fica todo mundo falando apenas em um empreendimento, o da refinaria, e, se por acaso ele não sair, o Estado fica sem alternativas. Eu acho que os presidentes da Vale e da Petrobras estão mostrando que é preciso pensar mais longe, ter alternativas, não ficar amarrando o futuro do Estado a uma única hipótese. Agora, quem sabe, poderemos ter muito mais possibilidade de vingar e incrementar a economia sergipana”, disse. Agnelli também viu a assinatura do protocolo como algo positivo. “Encaramos este, como um momento histórico, quando duas grandes empresas dão as mãos para dar o que o Brasil, o Estado e o município precisam. Juntas, com o Governo de Sergipe, que tem nos abrigado e dado condições de desenvolver nosso trabalho de maneira serena. Acreditamos que, desta forma, há possibilidade de fazer um planejamento de crescimento tanto dos negócios como do Estado”, afirmou SOLUÇÕES – Na prática, segundo Eugênio Dezen, gerente geral da Petrobras em Sergipe, um caminho que deve ser explorado pelo grupo de estudo é a possibilidade de suprir a demanda nacional com produtos locais. “Poderemos diminuir as nossas importações. Por exemplo, atualmente o Brasil importa 60% do que consome na área de nitrogenados e 88% na área de potássio. Estes mesmos materiais são produzidos aqui, em Sergipe, e o grupo pode exatamente estudar possibilidades de viabilizada formas do nosso produto suprir o mercado interno”, afirma. Para o início dos trabalhos do grupo já foram indicados dois técnicos: José Lima Neto, gerente de Novos Negócios da Petrobras e Antônio Francisco Cisne,gerente geral da CVRD em Sergipe. Após a assinatura do protocolo, em seu discurso, o governador João Alves Filho aproveitou a ocasião para indicar projetos que também podem ser considerados.“Vejo aqui, com muita alegria, a iniciativa de união destas duas grandes empresas para estudar alternativas de desenvolvimento da exploração mineral em nosso Estado.”, avaliou o governador. Em seguida, João Alves pediu que o grupo voltasse a atenção para as produções de silvinita, no município de Santa Rosa de Lima e carnalita em Capela. “Estas são coisas imediatas que poderiam ser feitas de forma imediata no estado que poderiam gerar empregos e mais divisas para o Estado”, sugeriu. Ele também apelou que fosse feito um ramal ferroviário que ligasse a mina de potássio ao Porto de Sergipe e à porta do Distrito Industrial de Socorro e, também, que a Petrobras estudasse a possibilidade da empresa implantar uma unidade de exploração do biodiesel em Sergipe. “Nós temos o maior interesse neste projeto. Aliás, nós já demos partida ao iniciar, este ano, um plantio vigoroso, no sertão, da mamona, e os nossos sertanejos estão com garantia de venda destes produtos as empresas. Queremos que o presidente Dutra estenda este projeto até o nosso Estado”, solicitou. O grupo de trabalho também terá acesso a dados técnicos de estudos geológicos realizados pela Universidade Federal de Sergipe e pelo Governo do Estado. Presidentes da Petrobras e CVRD visitam mina