Após impedirem o acesso de carros e ônibus pela avenida Alexsandro Alcino, que dá acesso ao bairro Santa Maria, durante grande parte da manhã de hoje, os catadores que trabalhavam na Lixeira da Terra Dura foram para frente do prédio onde funciona o Ministério Público de Sergipe, no Centro de Aracaju, para tentar uma audiência. Após alguns minutos gritando palavras de ordem, representantes da categoria foram recebidos pela procuradora Isabel Abreu, da Procuradoria Geral de Justiça. Da reunião, a qual a imprensa não teve acesso, participaram a procuradora, representantes dos catadores, líderes comunitários do bairro Santa Maria e a Polícia Militar. A conversa, segundo os catadores, não foi das mais agradáveis. Entre outras coisas, a procuradora foi taxativa com relação ao retorno dos catadores à lixeira. “Eles têm que cumprir a ordem judicial e precisam entender que não há possibilidade de retornarem ao trabalho no lixão, que, na realidade, é o que eles querem”, afirmou. Inconformados com a notícia, os catadores reclamaram da representante do MP. “A pessoa que veio falar com a gente foi totalmente incompreensiva”, desabafou o motorista Carlos Henrique Alves, um dos representantes dos catadores. A procuradora, por sua vez, tentou explicar a situação. “Nós precisamos que as pessoas se conscientizem de que o Ministério Público não é o salvador da pátria. É um órgão que cumpre suas obrigações, e tenta ajudar dentro de suas possibilidades, aglutinando, fiscalizando, intermediando as ações. Mas, concretamente, não adianta vim aqui fazer esta baderna que não é isso que vai resolver. A reivindicação deve ser feita junto a Emsurb, que se comprometeu e que tem a obrigação, afinal é o órgão executor”, explicou Isabel Abreu. Reunião com a Emsurb é a última esperança