Sergipe debate Plano Plurianual

A exemplo do que vem acontecendo em outros Estados brasileiros, Sergipe, desde as 9 horas da manhã de hoje, realiza sua edição do Fórum Estadual de Participação Social, no Centro de Convenções do Hotel Parque dos Coqueiros, onde discute as diretrizes do Plano Plurianual – PPA 2004/2007 – documento que contém a orientação estratégica de governo para os próximos quatro anos. Os debates, em todo o país, contam sempre com a presença de pelo menos um ministro designado pelo presidente, em Sergipe quem comandou a discussão foi o ministro do Controle e da Transparência, Waldir Pires. Além das autoridades, dezenas de representantes de entidades da sociedade civil participam do Fórum. A abertura da cerimônia aconteceu com a apresentação de uma mensagem gravada, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falando sobre a importância do PPA. Na mensagem, Lula destacou o fato de abrir a discussão do PPA para toda a sociedade. “Estou orgulhoso por ser o primeiro presidente da República, em toda a nossa história, que decidiu compartilhar com a sociedade brasileira a responsabilidade pelo planejamento e pela construção do país que nós queremos”, afirmou o presidente. Após a gravação, foi dada a palavra a professora universitária Maria Elisa da Cruz, que representou a Sociedade Civil. Em sua fala, a professora destacou a necessidade do plano suprir as necessidades básicas da sociedade e, também, falou sobre o processo de concretização do projeto. “Gostaria de lembrar que o PPA não começa hoje e não termina no final de julho, quando encerra a etapa de discussões. Ele compreende um período processual que exige de cada um de nós o compromisso permanente de fiscalização das ações nele contidas”, ressaltou. Em seguida, foi a vez do prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, falar sobre a importância do debate com a sociedade. “Estamos dando um passo de relevância histórica, do ponto de vista da Presidência da República, que inaugura um novo conceito de planejamento, que não se vale apenas da tecnologia, mas de que a capacidade de consolidação depende do poder de envolver a sociedade na discussão sobre o seu futuro”, destacou. DISCUSSÃO INÉDITA – Após o prefeito Déda, foi a vez do ministro Waldir Pires falar a respeito do Fórum. “O processo participativo do PPA é uma iniciativa inédita que tem como objetivo democratizar a discussão do planejamento no Brasil”, disse. Pires também apontou, como um grande desafio político, a realização de uma discussão que, segundo ele, recria a forma de pensar as diretrizes do país. “Antigamente o planejamento era feito por técnicos que, infelizmente, perdiam a noção da sua função. Eram planejamentos distantes da realidade das pessoas que, muitas vezes, beneficiavam apenas aqueles que estavam no poder. Agora, me sinto feliz de trabalhar sobre estas aspirações, de construir um PPA que deixe para traz um planejamento puramente técnico e que não refletia o que a sociedade realmente desejava”, afirmou. O governador João Alves Filho, o último a discursar na abertura, salientou o caráter democrático da reunião e, também, apontou a necessidade do país voltar a planejar seu crescimento. “Este país sofreu um processo deletério, em sua visão, no processo de condução da sua economia e de seu crescimento. O Brasil, nos últimos 20 anos, desaprendeu a planejar e passou a improvisar. Isto fez com que o crescimento anual, neste período, despencasse de 5% para 2% ao ano. Agora, o presidente Lula toma esta iniciativa, louvável, de implementar um planejamento de desenvolvimento de médio e longo prazo”, elogiou. Além disso, João Alves voltou a tocar na questão das diferenças regionais e pediu que o ministro transmitisse ao presidente um apelo. “O presidente precisa dar um tratamento diferenciado à região Nordeste. São imprevisíveis as conseqüências para a nossa região se não for realizado um planejamento que leve em conta o atraso da região em relação ao restante do país”, alertou. Destoando dos discursos oficiais, o deputado federal João Fontes, um dos ‘radicais’ do PT, criticou que a iniciativa do Governo Federal não se estenda para outros assuntos. “Eu gostaria que este mesmo espírito valoroso, adotado para discutir o PPA, fosse adotado para discutir as reformas que o Governo Federal quer impor ao Brasil. Creio que se isto fosse feito, não haveria este impasse com os parlamentares que discordam da posição do presidente Lula”, alfinetou.

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