Depois do sucesso do projeto “A Escola Vai ao Teatro”, no Teatro Atheneu, o humorista Fábio Azevedo está de volta com o espetáculo “Janjão no País das Fantasia”, que já foi visto por mais de sete mil espectadores. Agora, com novo elenco e algumas surpresas, Janjão se apresenta no próximo domingo, dia 20, no palco do Teatro Tobias Barreto. Em entrevista ao Portal InfoNet, o humorista fala sobre o espetáculo. PORTAL INFONET – “Janjão no País da Fantasia”. Sucesso de público em Aracaju e Maceió, com mais de 7 mil espectadores. Você esperava tudo isso quando idealizou o projeto? FÁBIO AZEVEDO (JANJÃO) – O meu maior objetivo era fazer um espetáculo que representasse todos os nossos sonhos e aspirações. Não ser mais um espetáculo, e sim, fazer a diferença. Para isso tivemos muito trabalho. Começamos com uma pesquisa com professores, educadores sobre a forma e o conteúdo do projeto, depois muito trabalho e a participação de grandes talentos de Sergipe em várias áreas. Acho que devemos acreditar e trabalhar duro, todo resto é conseqüência. INFONET – Agora o espetáculo estará no Teatro Tobias Barreto, atingindo um público ainda maior. Aumenta também a responsabilidade, não é? FA – Não vejo como responsabilidade, e sim, amadurecimento de um processo. É preciso alçar vôos mais altos, com planejamento e os pés no chão. É um espetáculo assistido por mais de 7 mil crianças e que no segundo semestre começa uma turnê pelo Nordeste. Essa apresentação representa para nós, o fechamento com “chave de ouro” de um primeiro semestre de muito sucesso. INFONET – Existe público infantil suficiente ou será que os adultos pegam uma carona nessa história de “Vou levar meu filho para assistir a peça”? FA – Temos crianças suficientes sim, mas o grande problema do teatro sergipano é a falta da cultura de ir ao teatro. Sinto que isto está mudando gradativamente, temos agora inúmeros espaços cênicos e a conseqüência disso é um maior número de espetáculos na nossa cidade e a formação de um novo público. Quando o espetáculo trata a criança e o adolescente como “bebezinho”, sem respeitar o desenvolvimento intelectual dessa geração, isso atinge ao público, meio que como se questionasse a sua inteligência, gerando comportamentos ao pai do tipo: “Ai, meu Deus! Tenho que levar me filho no teatro!”. Nosso objetivo é divertir e educar o público, despertando a curiosidade e a pesquisa, pois apesar do espetáculo ser infantil, a fantasia não tem idade. INFONET – Por que você inseriu uma orientação pedagógica em “Janjão no País da Fantasia”? FA – A orientação pedagógica é indispensável em um projeto educativo. Um ator, escritor ou profissional das artes pode até dominar plenamente a linguagem do entretenimento, mas trabalhar com crianças de uma forma educativa é algo que deve ter um acompanhamento profissional, tanto no conteúdo, quanto na forma. Nosso projeto teve a supervisão de Janete Maria Moura de Amorim Y Pizistrato, uma profissional maravilhosa que há mais de 30 anos trabalha com crianças. Professora, diretora de colégio, mãe, amiga e a mão que me orienta como eu devo abordar as crianças e qual o conteúdo adequado. INFONET – A musicalidade também está fortemente presente no espetáculo, o que te fez lançar até um CD, não é verdade? FA – Em um espetáculo infantil, a música é tão importante quanto o cenário e o figurino, pois cria uma interação com a criança que canta, dança e participa. Não poderíamos estar mais satisfeitos com esse trabalho que considero maravilhoso, pois foi desenvolvido por um grande artista sergipano, Irineu Fontes, que tem mais de 200 músicas infantis e que brilhantemente fez músicas inéditas, educativas sobre combate a Dengue, coleta seletiva de lixo, cidadania, quanto pegou músicas clássicas como “Quem tem medo do Lobo Mau” e “Sou o Lobo Mau” e transformou em um rock, funk, forró e muitos outros. INFONET – Em poucas palavras, como você define “Janjão no País da Fantasia”? FA – Imperdível! Mais informações através do e-mail janjao@infonet.com.br ou no site www.infonet.com.br/fantasia
