É inacreditável como as autoridades lidam com a chamada “Feira das Trocas” na capital sergipana. Em vez de impor, de modo justo, um jeito para que ela se acabe, esta feira vai encostando na parede as autoridades, até desafiando-as. Desde que o Ministério Público a retirou da Praça dos Expedicionários, ela já freqüentou vários locais, o último deles na ante-sala da feirinha do bairro Siqueira Campos. Lá, os seus organizadores desobedeceram a ordem de não se reunirem aos sábados e, por isso, ganharam de presente a expulsão do local. Assim, foi parar, por livre escolha dos seus realizadores, em um terreno ao lado do terminal rodoviário do mercado. Ou seja, quase vizinho ao Mercado Governador Albano Franco. Como o terreno é do Governo Federal, eles vão ter que sair dali de qualquer maneira. O Governo do Estado encontrou a fórmula mágica: levá-la para um terreno vizinho a Estação Rodoviária, na Tancredo Neves. TANCREDO NEVES – A Feira das Trocas não pode ficar neste local acertado no Ministério Público: é que o terreno não pertence ao Estado, mas ao empresário Elpídio Teixeira. Deram então, por um prazo de cinco anos, um terreno vizinho ao Sindicato dos Taxistas, também na Avenida Tancredo Neves. Os feirantes estão dizendo que o local é distante e isso vai significar o fim da feira. É o que muitos esperam, acreditando que os produtos comercializados são na maioria roubados. As mercadorias que chegam não têm nota fiscal, portanto desconhece-se sua origem.