A ONG Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra – Dom José Brandão de Castro em parceria com o Unicef, através do projeto Baú de Leitura, vem realizando “Oficinas de Materiais Alternativos”. O projeto Baú de Leitura, que foi idealizado pelo Movimento de Organização Comunitária – MOC -, tem como objetivo despertar o interesse pela leitura prazerosa, crítica e cidadã em educadores, crianças e adolescentes do Programa de Erradicação Infantil – Peti -, abrangendo 25 municípios sergipanos. Uma das educadoras do Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra – Dom José Brandão de Castro, Ana Rita Santos Gonçalves, fala sobre a importância educacional das “Oficinas de Materiais Alternativos” e a metodologia utilizada para alcançar os resultados desejados. Por Roseane Moura PORTAL INFONET – Como surgiu a idéia de realizar “Oficinas de Materiais Alternativos”? ANA RITA – Surgiu devido à situação financeira dos educadores-leitores e dos recursos disponibilizados para o Peti. Não há muitas alternativas para eles confeccionarem materiais a serem utilizados nas aulas de leitura prazerosa e nem em apresentações artísticas decorrentes de histórias do Baú de Leitura. INFONET – Há uma equipe montada para realizar as oficinas? AR – Contamos com mais duas educadoras do Centro de Assessoria e Serviço aos Trabalhadores da Terra – Dom José Brandão de Castro, Maria Inês dos Santos Souza e Simone da Silva Ferreira Peixoto; e com a assessoria da arte-educadora Sandra Rodrigues. INFONET – De que maneira a equipe trabalha com os educadores-leitores? AR – É uma oficina prática que envolve artes e leitura em grupo. Os educadores-leitores lêem as histórias, discutem segundo a proposta metodológica do projeto e preparam uma maneira criativa de apresentar a partir de materiais alternativos disponíveis na região. INFONET – Que tipo de materiais alternativos? AR – Nós buscamos sempre utilizar as potencialidades que os municípios oferecem. Por exemplo: na região do Baixo São Francisco há diversos tipos de argila, folhagem, grãos, bem como sucatas que certamente iriam para o lixo. Então utilizamos todos esses materiais. INFONET – O que esses materiais têm a oferecer aos educadores-leitores? AR – As diversas tonalidades da argila podem ser transformadas em tintas, assim como o sumo das folhas. Revistas e jornais podem ser transformados em roupas e bonecos; vasos plásticos ou caixas de papelão podem virar fantoches; com a farinha de mandioca ou de trigo teremos a cola. INFONET – E de que maneira as oficinas vão interferir na educação das crianças e adolescentes atendidos pelo PETI dessas regiões? AR – Nós acreditamos que primeiro é preciso fomentar nos educadores-leitores a importância da valorização e utilização dos recursos naturais e culturais que eles dispõem. A partir daí, na prática de leituras com os alunos é que eles também vão aprendendo a valorizar e utilizar os materiais considerados “inúteis”. INFONET – Quando será a próxima oficina? AR – Amanhã e sábado [25 e 26] estaremos em Neópolis. Dias 8 e 9 de agosto em Cristinápolis; 22 e 23 de agosto em Itabi; 12 e 13 de setembro em Poço Verde; e nos dias 26 e 27 de setembro em Nossa senhora da Glória.
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