O Grito dos Excluídos será realizado em todo o país no próximo dia 7 de setembro. Em Sergipe, o ato acontece na praça Fausto Cardoso e nas avenidas Ivo do Prado e Barão de Maruim, em Aracaju. Esta é a 9ª versão do ato. Este ano, o lema é: “Tirem as mãos…o Brasil é nosso chão”. Várias entidades sergipanas acertam os últimos detalhes da organização do ato e já começam a mobilização da sociedade para o evento. Participam da coordenação do Grito dos Excluídos em Sergipe: a Pastoral Social da Arquidiocese de Aracaju, a Central Única dos Trabalhadores – CUT/SE -, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST/SE -, o Movimento Evangélico Progressista – MEP -, a Central dos Movimentos Populares – CMP – e o Conselho Nacional de Entidades Negras – Conen. O ato inicia por volta das 9 horas, na praça Fausto Cardos, com dezenas de atividades artísticas. “As entidades estão se organizando para apresentar a música, o teatro, a dança e uma série de manifestações culturais que vão fazer sempre referência ao Grito dos Excluídos”, informa o sindicalista Antônio Góis, presidente da CUT/SE. Por volta das 11 horas, ainda na praça, será realizado um grande ato ecumênico e, logo em seguida, sai a marcha pela avenida Ivo do Prado, indo até a avenida Barão de Maruim onde é realizado o desfile cívico. “Estamos convocando todo o cidadão e as entidades para que mostrem sua indignação com a exclusão social neste País”, conclama Góis. Este ano, os organizadores do Grito dos Excluídos reforçam a crítica à política econômica, que compromete a soberania nacional e gera, de ano para ano, cada vez mais a exclusão social. “A pergunta que precisa ser respondida é: como reorientar os rumos da economia com vistas a uma independência real do País, em que suas riquezas estejam a serviço de um projeto popular, democrático, justo e solidário?”, questiona o presidente da CUT. Por isso, também integra o ato do Grito dos Excluídos um abaixo-assinado em que se cobra a imediata auditoria pública da dívida externa brasileira e que o Governo Federal faça, ainda em 2003, a convocação oficial de um Plebiscito sobre a Alca – Área de Livre Comércio das Américas. Por Cristian Góes