Deputada pede que AL auxilie no diálogo entre Governo e professores

A líder do PT na Assembléia Legislativa, deputada Ana Lúcia, cobrou na tribuna o pagamento do piso salarial ao magistério. “É uma vergonha. O salário do professor da rede estadual é R$ 197,00. Em muitos municípios sergipanos, o piso já ultrapassou os R$ 300,00. Dois exemplos: Poço Redondo paga R$ 310,00 e o piso em Canindé é de R$ 412,00”, denunciou Ana Lúcia. Ela lembra que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe – Sintese – tem um estudo pronto e reivindica o pagamento imediato de um piso salarial de R$ 273,00. “Solicitamos que a Assembléia Legislativa, através de sua Comissão de Educação, possa intermediar o diálogo entre o Governo do Estado e o Sintese para que o piso de R$ 273,00 possa ser pago”, disse Ana Lúcia. Os professores da rede estadual estão em vigília na Assembléia Legislativa. Todos os dias, caravanas de educadores das regiões do Estado estão ocupando as galerias da Assembléia. “Os professores estão vindo aqui para que todos nós, deputados, possamos convencer o Governo do Estado que duas questões são essenciais na vida dos educadores: o piso salarial profissional e a gestão democrática”, disse Ana Lúcia. Ela lembra que desde a greve de 1984, os professores colocaram em pauta a gestão democrática. “Gestão que passa pela mudança na relação no interior da escola e pelo diálogo como ferramenta de humanização. A gestão democrática passa também pela implantação de uma estrutura de um conselho representativo, onde pais, alunos, funcionários e professores possam discutir e deliberar sobre a política pedagógica, administrativa e financeira da escola, além de passar pela eleição direta dos nossos dirigentes”, defende a deputada. Ana Lúcia lembra que o piso salarial e a gestão democrática são apenas dois pontos de uma ampla pauta de reivindicações dos educadores da rede estadual de ensino, que já foi apresentada no início deste ano ao Governo do Estado. “Infelizmente até agora, praticamente nada avançou. Os educadores querem dialogar, negociar com seriedade, e os nós, deputados, precisamos intermediar e convencer o Governo do Estado a discutir todos os pontos de pauta”, defende Ana Lúcia.