Rainha das alturas: Maria Feliciana recebe homenagem de artistas e luta para sobreviver

Quem tem a oportunidade de conversar com Maria Feliciana dos Santos, a mulher mais alta do Brasil, se surpreende. De uma candura e simplicidade cativantes, esta gigante de coração mole – chora toda vez que se emociona – mais parece uma criança. Vivendo em um quarto de vila no bairro Santos Dumont, Maria vive, nos últimos anos, as agruras de ser esquecida pelo seu povo. Sem conseguir trabalhar por conta de problemas de saúde, ela conta que passou fome, quase perdeu o único imóvel que conseguiu em quarenta anos de trabalho e que, apesar de tudo isso, não se sente amargurada. Famosa no Brasil inteiro, Maria Felicina, na década de 60, foi coroada com o inusitado título de “Rainha da Altura do Mundo”, no programa de Chacrinha. Também participou do programa de Sílvio Santos e foi até recebida pelo então governador do Rio de Janeiro, Negrão de Lima. Ainda este ano, para que não persista dúvidas, o site RankBrasil a certificou, oficialmente, como a “Mulher mais alta do Brasil” – ela mede 2,25m. Hoje, longe da glória, o grande sonho de Maria Feliciana é conseguir construir uma casa. Para isso, amigos estão organizando um grande show, que acontece no próximo dia 29 de novembro, no Augustu´s, a partir das 22 horas. Essa volta por cima só foi possível devido ao esforço de um jovem artista plástico e sua mãe, Delton Rios e Nazaré Rios. “Meu filho estava fazendo uma série de retratos de personalidades sergipanas e, entre os nomes escolhidos, estava o de Maria Feliciana. Quando nós a encontramos, ficamos penalizados. Por isso, resolvemos colocar mãos à obra e fazer alguma coisa por ela”, afirma Nazaré. E esse esforço já rendeu frutos. A artista circense já ganhou um plano de saúde, móveis adequados para o seu tamanho, a planta de sua nova casa, além de ajuda para a compra de medicamentos. E para não negar a tradição artística, a casa para abrigar a maior mulher do Brasil terá suas peculiaridades. “A casa que estaremos preparando para ela será uma casa para uma pessoa gigante. Acredito que a única no Brasil. Quando pronta, acreditamos que as pessoas terão interesse em visitar o local. Pretendemos determinar horários de visitação, que não a atrapalhem, é claro, e que seja uma forma dela se sustentar, vivendo do que ela sempre soube fazer: ser uma atração. Esta vai ser uma maneira dela viver com dignidade, sem precisar pedir esmolas”, explica Nazaré. O show “Maria Feliciana nas Alturas” – que só de bandas e cantores de forró já tem doze atrações – é uma forma do meio artístico tentar ajudar a artista. Alguns dos nomes já confirmados: Antônio Rogério e Chiko Queiroga, Erivaldo de Carira, Joésia Ramos, Antônio Carlos du Aracaju, Mingo Santana, Cabeça de Frade, Josa o Vaqueiro do Sertão, Ozana e Ozanito. Os organizadores também prometem uma grande surpresa para a homenageada e para o público. Também estão acertando a vinda de algumas emissoras de TV, inclusive de outros países, para fazer a cobertura do evento. “É uma ótima oportunidade para o povo de Sergipe mostrar, ao mundo, que ama e cuida dos seus mitos”, diz Nazaré. O preço do ingresso é R$ 5,00 e toda a renda será revertida para a construção da casa. Confiante que o futuro lhe reserva dias melhores, Maria Feliciana concedeu entrevista ao Portal InfoNet. No bate-papo, a artista circense, hoje com 57 anos, falou da infância em Amparo de São Francisco, das turnês pelo Brasil, da vida no Circo, da coroa que recebeu de Chacrinha, do casamento e muito mais. Infância e início da vida artística Passagem pelo basquete e casamento Dificuldades, homenagem e planos para o futuro

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