O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Sergipe realizou ontem, dia 25, uma assembléia com a categoria para discutir a contra-proposta feita pelos patrões ao sindicato. Segundo o presidente da entidade, Enoque Araújo, o percentual de reajuste oferecido pelas empresas é de 3%. “A proposta que eles mandaram é uma gozação”, qualificou Araújo. Para o jornalista Cristian Góes, membro da comissão de negociação do acordo coletivo, o percentual proposto pelas empresas de comunicação do Estado não deve ser levado a sério. “A contra-proposta é uma vergonha, uma palhaçada, um absurdo, um insulto. Eles querem conceder um reajuste de apenas 3%, isto é, o piso não chegaria nem a R$ 590,00 (atualmente é R$ 565,77). Só um detalhe: todos os estudos técnicos que fizemos revelaram que a inflação no período foi de 17,5%. Não devemos abrir mão da reposição da inflação”, avalia o jornalista. Enoque Araújo também explicou que outros pontos do acordo que foi enviado pelos jornalistas para os patrões foram ignorados. “No documento que nos enviaram eles não disseram sequer uma palavra sobre questões como diárias, ticket-alimentação, abonos e estágio, entre outras. Além disso, eles querem mudar a nossa data-base do mês de novembro para maio”, informa. Para tentar sair do impasse, a comissão de negociação deve realizar na quinta-feira, dia 27, às 19 horas, no Sindicato dos Bancários, uma reunião para formular outra proposta. “Entre outras coisas devemos discutir uma reunião entre os dois lados, patrões e trabalhadores. Até o momento não nos sentamos para conversar, só enviamos os documentos uns para os outros. Também devemos discutir formas de mobilização”, descreve Araújo.
