Mostra itinerante exibe 30 anos do vídeo brasileiro

Projeto Itaú Cultural inclui lançamento de livro com textos sobre a produção brasileira O Espaço Cultural Yázigi e o Itaú Cultural trazem para Aracaju de 16 a 20 de março a Mostra Itinerante “Made in Brasil – Três Décadas do Vídeo Brasileiro, com sessões iniciando-se sempre às 20 horas. A mostra está viajando pelas principais capitais brasileiras. Nos dois últimos dias do evento, sexta e sábado, o curador da mostra, Arlindo Machado, conduzirá debate com o público e lançará o livro “Made in Brasil – Três Décadas do Vídeo Brasileiro”. Arlindo Machado é doutor em Comunicações e professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Universidade de São Paulo. A iniciativa tem o apoio da Casa Curta-SE. A entrada é gratuita. O Projeto Made in Brasil – Três Décadas do Vídeo Brasileiro é uma contribuição para compreender como se desenvolveu o fenômeno da linguagem do vídeo no Brasil, iniciado nos anos 70, estendendo-se até os dias de hoje. A mostra de vídeo apresenta trabalhos de dezenas de realizadores, em programas temáticos que abordam aspectos diversos da produção de vídeo no Brasil. A programação inclui trabalhos experimentais em vídeo de artistas visuais consagrados como Anna Bella Geiger e Fernando Cochiaralle, e as primeiras obras de diretores e produtores hoje renomados como Tadeu Jungle, Renato Barbieri, João Moreira Salles e Marcelo Masagão. Destacam-se ainda o programa “Abertura” realizado pelo mitológico cineasta Glauber Rocha, veiculado na extinta TV Tupi nos anos 80, e as primeiras intervenções na televisão aberta do repórter fictício Ernesto Varela, interpretado pelo apresentador Marcelo Tas. Outro destaque são os primeiros trabalhos do recentemente consagrado diretor Fernando Meirelles, indicado para o Oscar deste ano por “Cidade de Deus” (ver programação completa abaixo). Em seu texto de apresentação da mostra, Arlindo Machado comenta que “comemoramos a maioridade do nosso vídeo num momento em que todo um discurso corrente parece decretar a morte desse meio, superado que teria sido pelas tecnologias digitais e pelas formas “virtuais” de difusão nas redes telemáticas. Mas, se considerarmos vídeo a sincronização de imagem e som eletrônicos, sejam eles analógicos, sejam digitais, se entendermos imagem eletrônica como aquela constituída por unidades elementares discretas (linhas e pontos) que se sucedem em alta velocidade na tela, então podemos concluir que hoje quase tudo é vídeo e, longe de estar moribunda, essa mídia acabou por ocupar um lugar hegemônico entre os meios expressivos de nosso tempo. O que é o “cinema digital” senão uma forma de vídeo? O que são os formatos digitais de animação na net senão formas de vídeo? A computação gráfica, o videogame, as animações interativas de toda espécie não se apresentam fundamentalmente ao receptor como imagens e sons eletrônicos e, portanto, como vídeos? O cinema não é hoje fruído majoritariamente em forma de vídeo?” Ainda como parte do projeto, o Itaú Cultural lança em Aracaju o livro Made in Brasil – Três Décadas do Vídeo Brasileiro. A obra traz referências ao contexto histórico da produção nacional e a seus protagonistas e análises do conjunto de obras realizadas no período. Segundo Arlindo Machado, também organizador da publicação, “a importância deste livro não se resume apenas ao seu caráter retrospectivo da produção de vídeo no Brasil – que comemora três décadas de realizações em 2003 -, mas também à sua exclusividade. Não existe no contexto editorial brasileiro uma publicação que elabore de maneira sistematizada reflexões sobre essas produções.” Os textos abordam a produção nacional sob pontos de vista diversos com reflexões maduras de autores que têm se destacado pela produção de conhecimento sobre o vídeo e suas relações com o cinema, a televisão, a literatura e as artes visuais. Além deles, artistas e realizadores que contribuíram para esta história complementam a publicação com depoimentos sobre suas experiências e momentos pontuais de suas trajetórias. O livro será distribuído para bibliotecas públicas locais e de universidades. O Espaço Cultural Yázigi fica na rua Vereador João Calazans, 494, Praia 13 de Julho, próximo à Biblioteca Pública Epifânio Dória. Por Marcelo Rangel Confira a programação do evento no site: www.ecy.com.br.

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