O ser humano luta com inimigos poderosos no seu dia a dia, mas, com certeza, o mais perigoso e destrutivo está dentro dele mesmo. Na verdade, é mais fácil lidar com o inimigo externo que com o interior. São as depressões, ansiedades, baixa estima, pessimismo, insegurança, decepções e por aí vai… São adversários difíceis de serem derrotados. Vencê-los é uma tarefa árdua. O pior é que eles nos atacam, atingem rotineiramente. Quem não sente um deles acossar pelo menos uma vez durante o dia? O que fazer?! São tantas receitas e conselhos que comumente nos perdemos em meio às tentativas. Por via de regra, a melhor solução também se encontra dentro de nós mesmos, mas, novamente, encontramos muitas dificuldades para combater esses enimigos, porque vivemos mergulhados em uma coisa cruel que se chama “ilusão”. A ilusão é como um céu de inverno, que limpo se fecha repentinamente e trás consigo terríveis tempestades. Da calmaria à inquietude. Do prazer à dor. Da vitória ao fracasso, rapidamente. A ilusão engana, engana muito! Pois nos faz crer que podemos tudo e não nos atentamos para a realidade, que às vezes não queremos ver. A ilusão é assim: um demônio na figura de um anjo. É a triste percepção de que, de vez enquando, perdemos algo. Mas a ilusão pode nos amadurecer, pode ser a melhor forma de lidarmos com nossas fraquezas e aprendermos que precisamos olhar tudo sob todos os aspectos e desdobramentos. Nem sempre o que se parece ser o mais interessante, belo, excitante, mais gostoso é realmente o melhor para nós. Cuidado com as ilusões. Cuidado com os que tentam te iludir. A realidade é você descobrir quem é você, o que pode, onde tem capacidade de chegar e quem realmente é capaz de preencher seus inúmeros vazios e consolar suas grandes aflições, de uma maneira sincera, afetuosa e honesta. O resto é pura ilusão! Saulo Godinho é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe e funcionário da Fundação Aperipê