A inflação de outubro foi maior para os trabalhadores com renda salarial mais alta, segundo a pesquisa do Índice de Custo de Vida (ICV) do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos – Dieese. No cálculo da inflação, o Dieese considera o impacto dos preços em três estratos de renda dos trabalhadores. No estrato um, são considerados os gastos de famílias com renda média de R$ 377,49; no estrato dois, estão as famílias com renda média de R$ 934,17 e no três, as famílias com maior poder aquisitivo (renda média R$ 2.792,90). A inflação para o primeiro grupo foi de 0,29%, para o segundo, 0,47% e para o terceiro, 0,61%.
Segundo o órgão, isso foi conseqüência dos tipos de produtos que tiveram maiores aumentos. Por exemplo: o aumento nos transportes se concentrou nos transportes individuais, o que não atingiu o estrato um. No grupo Alimentação, a alta de 0,25% afetou os trabalhadores com maior renda, já que são eles que comem na rua. A alimentação fora do domicílio teve alta de 1,22%”.
O ICV apresentou em outubro alta de 0,53%, um aumento de 0,24 ponto percentual em relação a setembro (0,29%). Transporte, saúde e alimentação foram os três grupos que mais contribuíram para a elevação. Juntos, pressionaram a inflação em 0,44 ponto percentual do resultado do mês.
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