Em Sergipe, são produzidas cerca de quatro milhões de toneladas de cascas de coco e resíduos agroindustriais diversos por ano. De acordo com um levantamento realizado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros/Aracaju, geralmente todo esse material acaba indo para o lixo ou sendo queimado. Um processo chamado ‘compostagem’ poderia transformar esses resíduos em adubo orgânico de alta qualidade. A compostagem utiliza os resíduos e as folhas dos coqueirais para a produção de adubo orgânico, eliminando o desperdício. Para a pesquisadora Maria Urbana Corrêa Nunes, praticamente todos os resíduos agroindustriais podem ser usados na compostagem, desde os da usina açucareira, até os de cervejarias, estercos e restos vegetais, como cascas de coco, folhas de coqueiro e palha de arroz. Os resíduos são triturados em pedaços pequenos de até cinco centímetros para facilitar a compostagem. Após a trituração, deve-se definir a proporção de cada material que será usado na compostagem. Depois, esses materiais são misturados com esterco e pó de pedra. A mistura pronta é colocada na leira de compostagem, Montada a leira, o produtor deve monitorar a temperatura e a umidade constantemente. O monitoramento da temperatura e da umidade deve ser feito a cada três dias. A pesquisadora Maria Urbana Corrêa Nunes ressalta que o processo de compostagem traz grandes benefícios econômicos e ambientais. “Atualmente a maioria desses resíduos é jogada no lixo. A casca do coco, por exemplo, leva mais de oito anos para se decompor na Natureza”, afirma.
Para a realizar a técnica, não é preciso muitos equipamentos, o ideal é fazer uma análise química dos resíduos produzidos em uma determinada propriedade para conhecer a sua composição. Caso o interesse do produtor seja a fabricação de adubo orgânico para uso próprio, basta ter uma área com o solo bem compactado. O importante é tomar cuidado para que o composto não seja contaminado com o solo.
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