Raios deixam Estado sem energia

De acordo com o assessor de Comunicação da Energipe, Augusto Aranha, os problemas que ocorreram durante a madrugada de hoje em diversos pontos do Estado já estão sendo resolvidos. No interior, segundo o assessor, todas as cidades atingidas já tiveram o fornecimento de energia elétrica normalizado.

 

O assessor explicou que houve dois problemas diferentes: em relação ao interior, a queda de raios nos fios elétricos ou sub-estações provocou o acionamento do sistema de segurança da empresa. “No interior, tivemos algumas ocorrências em razão dos raios que são nada mais do que descargas elétricas. Normalmente, os relâmpagos caem em cima das redes de energia devido aos pára-raios. Quando isso acontece, os dispositivos de segurança desligam a rede para evitar sobrecarga”, explicou.

 

Aranha disse que caso isso não aconteça, uma quantidade de energia muito forte pode chegar até o consumidor final, podendo fazer com que aparelhos elétricos pifem e causem prejuízos maiores do que uma simples queda de energia (leia mais sobre raios no fim da matéria). Já houve casos de pessoas que receberam choques elétricos enquanto falavam ao telefone, pois a descarga do raio viajava através dos cabos de alta tensão.

 

Outro problema que se refere ao interior foi o rompimento de cabos, tanto por causa de raios, quanto por causa dos ventos fortes. Devido a esses fatores, as cidades de Porto da Folha, Simão Dias, Graccho Cardoso, Riachuelo, Maruim e Barra dos Coqueiros registraram o desligamento das sub-estações de energia elétrica. Porém, a ligação foi restabelecida, segundo Aranha, ainda antes do fim da madrugada.

 

ARACAJU – Em Aracaju, o problema foi diferente. “Nenhuma sub-estação foi atingida por raios, mas os ventos fortes e quedas de árvores sobre os transformadores causou o desligamento de energia em pontos isolados”, explicou o assessor. Segundo ele, os transformadores são responsáveis pela distribuição de eletricidade para as casas e estabelecimentos comerciais. “Depois da sub-estação, a energia é transferida para os transformadores que, por conseguinte, repassam-na para cada residência”.

 

O problema, neste caso, é mais complicado de se resolver porque não está concentrado em um só ponto, mas em vários. “Foram vários transformadores afetados em muitas ruas e bairros da cidade, o que faz com que a situação seja pontual e na porta da casa de cada pessoa”, disse Aranha. Um dos órgãos afetados pela queda de energia foi a Setransp.

 

E o Pré-Caju, foi afetado de alguma forma? “Não, de forma alguma houve falta de energia na área do Pré-Caju”, garantiu. O assessor finalizou dizendo que espera que a sociedade entenda e confie na empresa, pois o problema será resolvido o mais rápido possível nas áreas afetadas.

 

 

O raio que o parta

 

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), raios matam cerca de 200 pessoas e trazem prejuízos de US$ 200 milhões a cada ano para a economia. De acordo com o estudo, todos os dias alguém é atingido por um raio. No Brasil, a maior incidência de raios está na região Amazônica, seguida pelas Regiões Centro Oeste e Sudeste.

 

Raios podem ser formados no topo ou na base das nuvens. Os primeiros costumam ser mais destrutivos que os últimos, pois a corrente contínua dura mais tempo e carrega mais energia. Os raios mais comuns são os de polaridade negativa, formados na base das nuvens.

 

Ao contrário do que as pessoas imaginam, os raios são mais comuns no verão, graças à combinação entre umidade e calor. O processo de formação se inicia quando o ar quente e úmido próximo do solo, que é mais leve, sobe em direção à nuvem. A medida que ele vai subindo, vai esfriando, até chegar no topo da nuvem, a uma temperatura de 30 graus negativos. O vapor d’água congelado nas nuvens se transforma em granizo e com o choque entre as partículas de granizo, surgem cargas elétricas positivas e negativas, que se dividem. Quando elas se encontram, acontece um choque, que é o raio.

 

Os raios podem viajar 10 quilômetros ou mais para fora das tempestades, chegando a locais em que não há nenhum sinal de tempestade. Há relatos de pessoas atingidas por relâmpagos durante céu claro, enquanto jogavam, nadavam num lago ou estavam debaixo de árvores.

 

Ao atingir uma pessoa, a descarga de relâmpago pode causar uma parada cardíaca e ainda sobreviver. O importante é que nenhum órgão vital sofra danos. Porém, existem formas de se proteger ou evitar ser atingido por um raio. É importante que ao mínimo sinal de trovoada, a pessoa comece a tomar algumas precauções:

 

Durante uma trovoada, o melhor local para se estar é dentro de sua casa ou de um edifício. Fique longe de portas e janelas abertas, telefones, objetos metálicos, chaminés ou eletrodomésticos. Saia das banheiras e chuveiros. Saia de casa somente se for necessário, e evite objetos altos, como árvores isoladas. Também evite topos de morros, lugares abertos e cercas de arame. Fique dentro de seu veículo se você estiver viajando.

 

E lembre-se, um raio pode cair sim mais de uma vez no mesmo lugar: no caso de Ray Sullivan, guarda nacional de parques dos Estados Unidos, foram sete vezes. Ele foi derrubado e lançado ao ar, perdeu seus dois sapatos, uma unha do pé e não pôde mais ouvir como antes. E sobreviveu!

 

 

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