Dia 2 de fevereiro, 14h30. O movimento na Assembléia Legislativa triplicou na tarde de hoje apenas por um motivo: eleição para a Mesa Diretora que irá comandar o biênio 2005/2007, quando compareceram até vereadores de vários municípios do Estado acompanhados por suas respectivas esposas, prefeitos e vice-prefeitos e presidentes de Câmaras. Marcos Franco, Antônio Passos e Susana Azevedo
O momento que precedia a eleição era de contatos políticos. Os deputados conversavam entre si ou pelos celulares enquanto uma bateria de fotógrafos e jornalistas esperava pelo momento certo. Apesar da votação, o clima era de calma. O deputado Fabiano Oliveira (PTB) não largava o celular por um minuto e só deu uma trégua ao aparelho para se juntar ao grupo da deputada Ana Lúcia (PT), que conversava com Gilmar Carvalho (PV), pastor Mardoqueu (PL), Jorge Araújo (PSDB) e Ulices Andrade (PSDB).
Outros deputados se articulavam enquanto outros preferiam se isolar por alguns instantes. Garibalde Mendonça (PDT) se movimentava pelo plenário e Marcos Franco apenas observava outros deputados conversarem animadamente. A esta altura, Antônio Passos estava longe, conversando com visitantes em uma das bancadas.
![]() |
Ana Lúcia e Ulices Andrade |
Assim foram os primeiros minutos que precederam a eleição da Mesa. Após a subida de Suzana Azevedo, Marcos Franco e Antônio Passos até a mesa, a situação mudou. Todos se calaram e a calmaria só foi quebrada com o pronunciamento do líder do governo, Venâncio Fonseca, que pediu para que o protocolo fosse quebrado: “Acho que seria mais bonito se a votação fosse uma aclamação entre oposição e situação”, sugeriu o parlamentar, argumentando que como a chapa era única e havia consenso entre as duas partes, a votação deveria ser abolida e o resultado anunciado.
“Não vemos problema em acatar a decisão do líder, mas eu acho que seria mais interessante que seguíssemos o regimento”, pediu o deputado Ulices Andrade. “Bom, devido ao pedido do deputado, convido os líderes do governo e da oposição para fiscalizarem a eleição”, disse Antônio Passos, fazendo todo o plenário rir. Obviamente não era necessário nenhum tipo de fiscalização, mas a sugestão de se seguir o protocolo foi seguida à risca.
A eleição não causou grandes surpresas e transcorreu em absoluta calma. A chapa única composta pelos parlamentares Antônio Passos (presidente), Garibalde Mendonça (vice-presidente), Marcos Franco (1º secretário), Susana Azevedo (2º secretário), Valmir Monteiro (3º secretário) e Adelson Barreto (4º secretário) foi eleita por unanimidade, faltando apenas o voto do Pastor Antônio, que não compareceu. A chapa foi eleita com 23 votos para cada um, com exceção de Susana, que levou para casa 21 votos.
“Os três poderes sempre trabalharam na mais profunda harmonia. Agora, lutaremos para que continue da maneira que sempre foi”, disse Antônio Passos, que encerrou a votação, agora como presidente da casa por mais dois anos.