O senador sergipano Almeida Lima sobe, na tarde de hoje, à tribuna do Senado para fazer o seu primeiro pronunciamento do ano. No mesmo o parlamentar irá tratar, sob durar críticas, da transposição do rio São Francisco e da decisão da Petrobras em instalar a sua nova refinaria no Estado de Pernambuco.
Almeida Lima lamentou a decisão da estatal, afirmando que tal iniciativa representa a castração do sonho dos sergipanos de ter instalada em seu território uma refinaria, o que representaria a possibilidade de desenvolvimento e geração de empregos para Sergipe. “O presidente da Petrobras, durante a campanha para o governo do Estado dizia que era sergipano, tinha a obrigação de defender os interesses de Sergipe ao contrário de agredir ao povo do Estado, como fez em vários momentos”, afirmou.
O senador fez questão de lembrar que José Eduardo Dutra e o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, preferiram de omitir diante da questão ao invés de lutarem para que a refinaria viesse para o Estado. Almeida lembrou que ambos são lideranças nacionais do partido e próximos ao presidente Lula, o que daria a eles plenas condições de brigar a favor de Sergipe. “Déda e Dutra, juntos, são os coveiros de Sergipe”, criticou duramente o senador.
O parlamentar garantiu que não tem nada contra o Estado de Pernambuco, mas fez questão de lembrar que o mesmo não produz uma gota de petróleo. Almeida afirma que a Venezuela poderia realizar a parceria com o Governo Federal, para a construção da refinaria em qualquer lugar que o Brasil indicasse, fosse Sergipe, Alagoas, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, etc. Contudo ele defende que o Estado tem a seu favor o aumento da sua produção petrolífera com a descoberta de novos campos de exploração.
“É uma pena, pois poderíamos ter um impulso na economia sergipana, um desenvolvimento enorme como quando a Petrobras se instalou em Sergipe na década de 70. Agora a perspectiva de crescimento escorre pelo ralo, com a decisão do governo federal”, finalizou o senador, que disse ainda que irá pedir explicações ao presidente da Petrobras a respeito da informação de que a estatal estaria construindo (por mais improvável que pareça) um trio elétrico.