A receita com a cobrança de tarifas bancárias nas instituições financeiras cresceram significativamente durante esses últimos 3 anos, quase que dobrando os seus valores. Por conta dessa elevação, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entendeu que este pode um indício de cartel entre os bancos, principalmente por considerar a existência de uma baixa concorrência no segmento. Em 2002 a cobrança de tarifas respondia por 12,6% do resultado dos bancos, em 2003 subiu para 17,1% e no ano passado atingiu um total de 20,2%. Esta foi a conclusão recente de um levantamento feito pela Consultoria Economática, tomando por base a amostragem de 5 grandes bancos que já divulgaram os seus balanços em 2005. Mesmo tendo despertado o interesse do Cade, infelizmente esta não é uma atribuição que lhe compete, pois de acordo com a legislação vigente, somente o Banco Central do Brasil tem poderes para controlar as instituições financeiras. Contudo, se existe uma lição que possamos tirar de toda essa história, é a de que precisamos ficar mais atentos com os freqüentes ajustes tarifários que costumam ocorrer em nossas contas. Tudo bem pagarmos por tarifas, pois elas são a remuneração de um serviço que nos foi prestado. Mas que seja isso, apenas isso, e não uma fonte milionária de receita como alguns bancos gostariam de transformar. Fique ligado! Wenderson Wanzeller é atuário, colunista e comentarista econômico
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