Acredito que muitos de vocês ainda recordam o tempo quando a palavra de um homem, ou de uma mulher, valia mais do que suas posses. Infelizmente, não nasci nesses tempos. Sou filho da nova geração, cria da desconstrução dos valores éticos e morais. Não obstante, tenho procurado andar na contramão da maléfica sociedade pós-moderna, que está adoecendo nossas famílias, nossas igrejas, nossas empresas. De fato, quando me vejo diante de pessoas que não honram o que dizem fico profundamente abalado pela falta de veracidade presente em meus antepassados. O fato da falta de posses materiais jamais foi, em tempos de outrora, um sinal de falta de honra. Muito pelo contrário. Ainda recordo quando meus familiares – que já estão na outra esfera da existência da vida – me ensinaram que podíamos ser humildes, mas nunca pessoas desonradas. Como podemos faltar a compromissos formais ou informais e ainda assim fazer de conta que nada aconteceu? Meus queridos, como um homem – ou uma mulher – pode desejar ser respeitado no grande, se não for cumpridor dos deveres ou acertos de pequeno porte? Palavra é comunicação e comunicar-se é estar aberto a individualidade alheia, que nos permeia e nos faz visíveis diante da existência. Faz alguns dias fiz um acordo com alguém que duraria um ano. Trato fechado, passei ao cumprimento do meu dever. Passado um breve espaço de tempo fui chocado pelo fato de que a outra parte havia voltado atrás, sem sequer dar-se ao dever honroso de telefonar-me e demonstrar uma atitude cavalheiresca na quebra de nosso pacto. Êta nordestino homem de palavra… Como se dizia em tempos atrás. Como você parece estar perdendo sua essência por um processo de modernização refletidos em um modelo de sociedade consumista. Por que você não enxerga que, assim, você não será nem você mesmo, nem ninguém? Te digo, como Jesus de Nazaré: – Que adianta o homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma? “De que adianta você fazer crescer seus contatos econômicos, sociais, seu patrimônio e perder sua honra?” Aqui ou no além, você verá que não somos absolutamente nada. Como costumo dizer e pensar para mim mesmo: não passo de 90% de água misturada em 10% de areia. Para que tanta mentira, tanta arrogância. Como já nos dizia nossos antepassados, para que tanta lida para pouca vida? Vivamos com honra, honrando e fazendo-nos honráveis por intermédio da manutenção de nossa palavra. Um abraço.
A palavra de um homem é o homem! Se não podemos, ou não queremos, é legítimo a negação diante do que nos está, ou foi, proposto. De fato, nenhum de nós está obrigado a nada, a não ser que pactuemos de maneira formal ou informal o que entendemos ser para o bem comum.
Parafraseando o grande mestre de todos os tempos te pergunto:
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